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As agências de performance que antes eram vistas como empresas nichadas estão, cada vez mais, expandindo seus horizontes e chamando a atenção do mercado. Tal movimento atrai a atenção de grandes players da mídia. O Google, por exemplo, é um dos parceiros de longa deste tipo de negócio.

“O Google hoje como principal parceiro de mídia, não só da gente, mas acredito que da grande maioria, é fundamental”, explica Thiago Bacchin, CEO e fundador da Cadastra, agência fundada em fevereiro de 2000 e que se tornou referência na área. Porém, a empresa cresceu e agora já oferece uma gama bem maior de serviços. “A gente não se posiciona exclusivamente como uma agência de performance e sim como um híbrido de agência de performance, serviços de consultoria e tecnologias”, alerta.

A Ghfly é outra que possui forte expertise na área. Gustavo Hana, CEO da agência, diz que a mensuração no digital vai além das mídias de resposta direta. “É um momento de uma ligeira mudança de atuação do que nós já tivemos no passado. Eu vejo o mercado muito mais maduro do que anos atrás, com players muito mais fortes, mais consolidados e o mercado entendendo muito mais sobre o que é performance. O conceito teve uma alteração na minha visão”, explica. Para ele, a mensuração no digital vai além das mídias de resposta direta. “Coloco no balaio principalmente branding. Tem muita ação de marca na internet que eu posso medir. O trabalho das agências de performance tem que abraçar outras estratégias em torno do resultado”, analisa.

Hana relembra que o principal crescimento do marketing de performance foi com empresas que trabalham com sites transacionais, como agências de viagem e e-commerces, por exemplo. Mas é preciso ver a parte de cima do funil de compra. “Chega um momento que se você não subir, não olhar para o cara que está considerando a compra, eu não vou vender”, diz.

André Palis, sócio fundador e diretor comercial da Raccoon, corrobora a fala de Hana. Para ele, acima de tudo, o conceito do que é uma agência de performance se expandiu. “Antes, se entendia como focada em vendas ou geração de leads. As agências trabalhavam com e-commerce, construtoras querendo gerar leads”, lembra. Hoje, parte do trabalho da agência não é mais só de geração de venda. “Temos várias frentes. Atuamos com construção de marca, mas eu construo marcas com foco em performance”, ressalta.

Palis comenta que sua agência executa o trabalho de duas maneiras. “Temos clientes com agência que é 100% criação e aí a gente desdobra os criativos para o digital e executa a estratégia de branding com performance no digital. Para alguns a gente executa de ponta a ponta”, conta. Perguntado se agências de performance são especialistas em PMEs, o profissional explica que não há tal limite. “Nosso foco sempre foi grandes contas. Atuamos com Natura, ToksTok, Fast Shop, MRV, Centauro, entre outras”, diz.

Hana faz coro ao fato das agências atenderem clientes grandes e cita algumas das empresas atendidas pela Ghfly: Dunlop Pneus, Resultados Digitais, Havan, entre outras. O profissional é defensor do brandformance, performance aliada ao branding. “Defendo muito o brandformance porque acho que você ter só campanhas de performance não faz sentido. Focar no final do funil não faz sentido. Durante um trabalho bem executado de performance, a gente esgota muito as possibilidades e daí você tem que ampliar a tua abordagem e atuação para uma gama maior do funil”, explica.

Para Bacchin, hoje qualquer tipo de empresa tem algum tipo de demanda digital de compra de mídia e de comunicação. Ele acredita no potencial de crescimento da área e explica os motivos. “No Brasil ainda tem muito a ser digitalizado e percentual de mídia digital dentro do bolo publicitário ainda tem muito o que crescer”, comenta.

Ajuda do Google

Lidiane Tahan, head de agências do Google Customer Solutions, explica que a empresa tem diversas maneiras de trabalhar com agências em treinamentos, além de eventos que envolvem desde profissionais decisores e C-Levels e também capacitações relacionadas a produtos da companhia de tecnologia para implementação no dia a dia. “Tentamos cobrir um pouco de tudo dentro das agências. A gente entende que tem dois principais pontos de atuação do Google com elas: parte de capacitação e treinamento e a outra em dar o suporte necessário, principalmente aquelas mais recentes de mercado e que não estão tão maduras”, explica a executiva.

Um dos programas voltados a esses parceiros é o Google Partners, para todas as agências que gerenciam contas do Google Ads. O selo mostra que parceiros específicos foram aprovados nos exames de certificação em Google Ads e têm o conhecimento mais recente sobre os produtos. Os parceiros do Google também podem participar de programas como o Rewards, criado para ajudar as agências a crescer por meio de uma série de desafios em que é necessário conquistar novos clientes, otimizar campanhas dos atuais ou conseguir uma certificação, entre outros benefícios.

Um dos destaque é o Masterminds, um programa de liderança criativa em parceria da Berlin School para apoiar o Google em ajudar essas agências a entender, realinhar e se destacar no mundo digital, por meio de estratégias de negócios com base em situações complexas. A Berlin School of Creative Leadership desenvolveu um conteúdo acadêmico com base em palestras, atividades práticas e aulas presenciais, totalizando 80 horas de curso.

O CEO da Cadastra elogia a atuação da gigante. “Eles estão bem mais maduros do que qualquer outra empresa, qualquer outro veículo ou parceiros de tecnologia, seja o que for. Só isso já os coloca numa categoria fora do normal”, diz Bacchin. Para o executivo, a empresa atua de maneira importante para o amadurecimento do mercado. O CEO menciona o programa de parcerias da empresa que existe: “há muitos anos, muito extenso e profissionalizado, com diversas pessoas nas equipes pra atender as agências grandes, médias e pequenas. É um parceiro fundamental”, finaliza.

Segundo Lidiane, além da ajuda para as empresas conhecidas por entregar performance, há treinamentos onlines e presenciais focados em, por exemplo, datas sazonais importantes para o comércio eletrônico. Para André Palis, o Google se disponibiliza para ajudar o negócio. Muitas vezes, a agência é abastecida por informações fornecidas pela empresa. “Com pesquisa e dados da indústria para ajudar a gente a construir melhor esse planejamento”, elucida.

“Vivemos a era do machine learning, automação, inteligência artificial, acho que isso leva a uma grande transformação de uma maneira geral para essas agências. Você propicia para que ela possa fazer os trabalhos manuais serem entregues de uma maneira mais eficiente e com isso ela tem mais tempo para elevar a parceria com o cliente final. Por exemplo, eu não preciso mais passar tanto tempo mexendo em Custo Por Clique de campanha porque eu tenho uma ferramenta automática que faz isso para mim, então com isso posso usar esse tempo para pensar em estratégias para meu cliente. Me tornar parceiro de negócios e não só um parceiro de mídia”, destaca Lidiane.