Divulgação

Um dos nomes mais conhecidos no meio digital, Pedro Cabral, CEO da Ampfy, acredita que as agências com cultura digital no core do negócio serão as grandes agências daqui para frente. Mesmo com a enorme transformação do mercado, em que vê “que um bom trabalho online está no centro para medir a eficiência do offline”, ele afirma que a criatividade continua sendo o grande diferencial da propaganda. “Aqui a gente introduz muito mais tecnologia, algo mais moderno, mas o grande fio condutor dessa história é a criatividade”, diz Cabral. Nesta entrevista, o executivo fala de otimismo para 2018 e que está feliz com os seis anos da Ampfy e sua parceria com Alexandre Hohagen (que também é seu sócio na Nobox, de Miami).

ESTRUTURA
Agora estamos com 110 pessoas e devemos contratar mais umas dez até o fim do ano, em função dos próprios projetos dos clientes com coisas novas. Estamos com uma previsão de começar 2018 num ritmo melhor do que a gente começou em 2017. Estamos terminando nosso orçamento de 2018 e colocamos um foco grande em conversar com os clientes. Sempre falo para o pessoal, que se quiser trabalhar bem em janeiro e fevereiro, tem de trabalhar em novembro.

BALANÇO
2017 foi um ano de consolidação de um crescimento bastante acelerado que a agência vinha tendo. Em 2016, crescemos 42%. Este ano, a gente deve fechar um crescimento em torno de 10%. A gente gostaria de crescer mais, em torno de 25%, 30%, que é possível fazer isso neste mercado, mas são três anos de crise, e o ano começou muito travado, agora as coisas estão mais legais.

CONTAS NOVAS
Este ano ganhamos as contas digitais de cinco marcas da Coty (Risqué, Cenoura & Bronze, Bozzano, Monange e Paixão) e três da General Mills (Yoki, Kitano e Mais Vita), além de Bradesco Seguros e Udacity. A maioria dos clientes entra na casa com uma operação exclusivamente digital, mas acaba aumentando o volume e escopo de serviço. Dos nossos clientes, que são 20 marcas aproximadamente, três fazem tudo com a Ampfy, do social ao offline. A gente trabalha muito bem com as agências que eventualmente nossos clientes tenham, mas o que ocorre é que hoje até quando você faz mídia offline, se não está muito bem articulado com o digital, perde eficiência.

EVOLUÇÃO
Estou tão feliz com a evolução da Ampfy e com a maturidade que a agência tem quanto na melhor época da AgênciaClick (na qual foi um dos fundadores e hoje virou Isobar). A gente conseguiu montar uma equipe sênior, com pessoas muito experientes do mercado. Parte desta equipe, que são os meus sócios, é de pessoas com quem já trabalhei antes (André Chueri, presidente; Gabriel Borges, CSO; Fred Siqueira, CCO; e Douglas Bocalão, COO).

CRIATIVIDADE
A criatividade é o grande diferencial desse negócio chamado propaganda. O nome agência talvez nem faça mais sentido. Aqui a gente introduz muito mais tecnologia, algo mais moderno, mas o grande fio condutor dessa história é a criatividade.

DNA DIGITAL
A Ampfy hoje é uma das principais agências digitais brasileiras. Ela nasceu com essa cultura digital, focada em social, busca, mobile e performance. Acho que agências com essa cultura digital no core serão as grandes agências daqui para frente. Eu tenho dúvida se as agências mais tradicionais vão se transformar porque isso não aconteceu no mundo. Elas podem fazer bons trabalhos na área digital, mas fazer essa execução que a gente faz acho muito difícil. Não vi grandes agências tradicionais serem supereficientes no mundo digital. Pode ser que aconteça.

2018
Estou muito otimista em relação a 2018. Acho que o cenário político não é mais o grande termômetro da economia, isso é uma coisa positiva. Acredito que podemos ter dois anos de aceleração bem positiva. 2018 já aponta assim e 2019 mais ainda, com um governo novo.

MUDANÇAS
A gente está num momento de transição dramática no Brasil. Eu trabalhei nos Estados Unidos, em 2010. Naquela época, vi uma migração grande de verbas para as empresas serem cada vez mais digitais. Tanto que hoje o maior investimento nos EUA já é digital. E na Europa também. Neste ano, estou vendo ocorrer isso no Brasil. Em 2018, isso será mais forte. Não é que acho que tudo vai virar digital, mas vejo uma preocupação com ROI muito grande, em que um bom trabalho digital está no centro dessa medição, inclusive para medir eficiência do offline e a combinação dessas duas coisas. A Ampfy se posiciona bem nesse negócio, mas não somos só nós, há vários players.

 Leia mais

Quem Fez: Ampfy cria test drive para que os consumidores conheçam melhor o novo Suzuki Vitara

Ampfy investe em sede que traduz seu espírito contemporâneo