Divulgação

O chairman e CEO global da rede J. Walter Thompson, Gustavo Martinez, está enfrentando um processo de investigação interna após acusações feitas por uma funcionária da agência em Nova York, nos Estados Unidos. 

De acordo com informações do site da publicação norte-americana Advertising Age, as denúncias da ex-chefe de comunicações da rede, Erin Johnson, já foram formalizadas em uma ação judicial na corte de Nova York. Além disso, o grupo WPP, dono da marca J. Walter Thompson, está conduzindo uma investigação interna desde o último dia 25 de fevereiro para apurar as alegações. 

Erin Johnson acusa Martinez de fazer comentários extremamente racistas e sexistas com frequência. Segundo consta no depoimento da executiva, o CEO da rede “não tinha hesitação em conversar com funcionários, altos executivos e jornalistas usando termos como ‘malditos judeus’ ou, quando se encontrava com certas pessoas, se referia a elas como ‘macacos pretos que não sabem usar computadores”. Ela ainda diz que Martinez perguntava abertamente na empresa quais mulheres ele deveria estuprar. 

A ex-chefe de comunicações da J. Walter Thompson ainda alega que, depois que Martinez assumiu o comando da rede, ficou difícil levar sua carreira adiante na empresa e cumprir normalmente suas responsabilidades profissionais. 

Em um comunicado oficial enviado pelo WPP, Martinez afirma que está consciente das acusações, mas declara inocência. “Quero assegurar aos nossos clientes e aos meus colegas que não há verdade nenhuma nessas alegações e estou confiante de que isso será provado na justiça”, diz o CEO da J. Walter Thompson. 

Até o momento, o caso não teve impactos mais sérios nos negócios da empresa e na relação com os clientes. A reportagem do site da Advertising Age procurou alguns clientes da agência e, apesar de a maioria ter guardado silêncio, a Ford declarou por meio de um porta-voz que recebeu um comunicado da WPP dizendo que “as acusações não são verdadeiras”.