A propaganda mostra um dos seus propósitos mais louváveis quando é utilizada para prestar um serviço que pode salvar vidas. O seu impacto e alcance vem sendo utilizados no Reino Unido para alertar as pessoas sobre a importância de continuar respeitando as medidas sanitárias para que possam se proteger de uma variante ainda mais contagiosa da Covid-19.
A estratégia de comunicação da pandemia é conduzida pela MullenLowe Londres e tem ações realizadas em parceria com a agência de mídia do governo inglês, a Manning Gottlieb OMD. Em novembro, a campanha reportou investimentos da ordem de £100m.
Decretado no dia 4 de janeiro, o terceiro lockdown do Reino Unido vem acompanhado de peças que resgatam o slogan “Fique em casa. Proteja o Serviço Nacional de Saúde. Salve vidas”.
A TV foi usada pelo primeiro-ministro Boris Johnson para anunciar o plano de restrições, que inclui o fechamento de escolas e o deslocamento apenas em casos de assistência médica, compra de alimentos e exercícios físicos. As medidas devem valer até fevereiro.
Boris Johnson ainda usou o Twitter para expor a imagem do slogan usado desde o primeiro isolamento. A mídia out-of-home também ajudou a advertir quem ainda insiste em andar pelas ruas.
Autoridades afirmam que a estratégia de comunicação para esse novo lockdown considera o aumento de casos deflagrados pela nova variante da doença, motivo que explica o retorno do slogan, além de mensagens claras com instruções capazes de frear o avanço do novo coronavírus.
As campanhas públicas de informação, que em seu pico impactam cerca 95% dos adultos em média 17 vezes por semana – ajudará os cidadãos ingleses a adotarem comportamentos capazes de preservar a sua saúde e a de familiares e amigos, além da própria comunidade.
A Associação de Propaganda do Reino Unido sublinha o importante papel da indústria em auxiliar na disseminação de mensagens de saúde pública, como já havia acontecido nas fases anteriores do lockdown.
“Sem dúvida, veremos isso novamente com o governo dando continuidade ao uso da propaganda para se comunicar com o público e com as marcas e apoiando tudo isso por meio de suas próprias campanhas publicitárias”, diz Stephen Woodford, uma das lideranças da entidade.
O executivo acrescenta que os negócios do setor ainda precisarão de auxílio para segurar empregos, mas acredita na retomada com a vacina.
