Jahara, Clariana, Fonseca e Flavia: foco é unir especialidades para atuar como um parceiro criativo e estratégico das marcas (Divulgação)

Guilherme Jahara, Flavia Campos, Clariana Regiani e Carlão Fonseca lançam nesta segunda-feira (1º) a Dark Kitchen Creatives, agência com operação independente.

“O nome é inspirado exatamente no modelo das dark kitchens: uma cozinha com alta flexibilidade em que os chefs colocam a mão na massa, que se adapta a cada cenário, otimiza processos, custos e trabalha de forma colaborativa, juntando especialidades, talentos e focada sempre na melhor experiência de entrega”, explica Jahara.

O publicitário será sócio e co-CCO ao lado de Fonseca. Perguntado se a Dark Kitchen Creatives nasce também de uma inquietação de seus fundadores com o mercado publicitário atual, o profissional é categórico: “Totalmente”. “E dessa inquietação também nasceu uma visão, aliada à vontade de liberdade e de fazer do nosso jeito”, explica.

Além da DKC, há novas agências surgindo e muitas nem se intitulam como tal. Isso significa que o modelo de negócios tradicional está morto? “Morto não está, mas sabemos, já há um bom tempo, que tudo está mudando e precisa mudar ainda mais. A possibilidade de nascimento de independentes num negócio que, anos atrás, parecia ir cada vez mais ser dependente dos grandes ‘conglomerados’ multinacionais demostra claramente a necessidade de modelos diferentes. E existe espaço e demanda para novos pensamentos, entregas, modelos e criatividade”, responde Jahara.

Os sócios querem impactar positivamente a trajetória das “marcas do amanhã”: aquelas com clara visão de futuro, propósito e prontas para se adaptar ao novo, sejam elas startups, nativas digitais, DTCs ou grandes empresas conectadas com a necessidade de inovar e evoluir.

“Nosso foco é unir essas especialidades para atuar como um parceiro criativo e estratégico, do embrião de uma solução à execução e análise de resultados, entregando inteligência para escalar, desenvolver e potencializar negócios”, destaca Flavia Campos, CSO da Dark Kitchen. Questionados sobre como vão monetizar o negócio, eles explicam que haverá criação de “produtos” diferentes que atendem a necessidades distintas das marcas. “Inicialmente, a monetização será via projetos e clientes fixos, com foco em entregas estratégicas e criativas mais amplas, independentes da compra de mídia offline. Além disso, estamos abertos e conversando sempre com nossos clientes e prospects sobre a possibilidades de outras maneiras de remuneração como, por exemplo, variável por metas de resultados e KPIs, entre outros. Nossos produtos vão de projetos a design sprints, passando por um produto de análise de dados e otimização de mídia, além de inteligência de produção integrada”, explica Jahara.

As lideranças da nova agência possuem história no mercado. Jahara esteve à frente da criação de agências como Publicis Brasil, DM9DDB, Leo Burnett Tailor Made e F.biz, além de ter como sua última passagem a Sunset- DDB, como copresidente e CCO. Fonseca, que respondeu recentemente como copresidente e CCO da TribalDDB, também liderou o departamento criativo de grandes agências como Africa e R/GA. Flavia Campos comandou a área de planejamento de agências como W/Brasil, Fischer, DM9DDB e Artplan. Já Clariana Regiani trabalhou por 18 anos na DM9DDB, tendo comandado, além de ocupar o cargo de diretora de produção e operações na Artplan nos últimos dois anos.

“O aprendizado que tivemos traz a experiência e também o questionamento de modelos pelos quais passamos. Para nós, empreender foi quase uma questão inevitável, ao se questionar e querer implementar o próprio jeito de fazer. Mas, claro, empreender não é nada fácil. Muito menos em uma pandemia. Mesmo assim, o momento nos trouxe novas visões de mundo também, e isso é o copo meio cheio que temos sempre de considerar”, explica.

Entre os primeiros clientes estão a Ambev, a Liga de Basquete Feminino e a Dr. Jones.