Após o vídeo feito para o Festival do Clube de Criação, que gerou diversas críticas em profissionais da publicidade, a Wieden+Kennedy anunciou iniciativas para evitar mensagens racistas e lutar contra o problema.

Em uma delas, a W+K firmou o compromisso público ‘de ser a primeira agência brasileira a testar, de forma profissional e imparcial, todos os nossos trabalhos’. Para isso, a agência fez parceria com a Estúdio Nina, empresa de pesquisa de mercado com foco no entendimento do público negro.

Além disso, a agência vai ampliar a meta de inclusão e diversidade, inclusive e principalmente em cargos de liderança. Há um ano, 20% dos colaboradores da agência se declaravam negros. Hoje são 28,32% e 37% como meta para 2022 – porcentagem da população negra na cidade de São Paulo, de acordo o último censo demográfico do IBGE.

Filme gerou polêmica nas redes sociais (Reprodução)

A agência também anunciou que terá mentoria de longo prazo para a equipe de liderança, por meio do Instituto Formação Antirracista. “Iremos fomentar e fortalecer uma cultura organizacional antirracista capaz de progressivamente se expandir e impactar positivamente colaboradores, clientes, parceiros e a sociedade como um todo”, informou a nota.

O plano contempla ainda workshops para criativos, que serão idealizados pela Plataforma Semiótica Antirracista. A ideia é desenvolver, com base em exemplos concretos, o olhar crítico, apontando onde muitas campanhas erram e, principalmente, os caminhos e as possibilidades de acertar. A criação de comitês e canais de comunicação também serão realizados.

“Erramos, sentimos muito e reforçamos nosso compromisso em mudar. Não há outra forma possível de encarar o que fizemos, muito menos o que causamos. Tirar do ar era o mínimo. Pedir desculpas, necessário. Transformar, urgente. E, principalmente, reconhecer que nada disso será suficiente enquanto não pararmos de repetir erros. Devemos apostar em novas e todas as formas de combater o racismo”, informou a agência em nota.