A marca Z+ deixou de ser usada pelo grupo francês Vivendi no mercado brasileiro. A partir de agora a identidade corporativa do negócio é Havas+. Nas palavras do diretor-geral Marcos Lacerda, conhecido como MaLa, a operação passa a ter um plus, do símbolo +, para garantir aderência à “nova publicidade”, que precisa ter proposta de valor conectada aos conceitos artech (criatividade) e martech (mar- keting, tecnologia e dados).

A arquitetura vai além da mudança de logomarca. “É uma nova agência”, resume MaLa, que deu início às mudanças quando chegou à agência há cinco meses, após passagem pela BETC. “Não é mais só performance, mas brand performance – o casamento da criatividade com o arsenal tecnológico disponível. Vamos avançar no escritório de São Paulo, mas no Rio o conceito de startup teve início com a concorrência da TIM. São 88 profissionais que já carregam a essência inovadora da Havas+”, acrescentou MaLa, informando que o núcleo fluminense é responsável pelo atendimento a Emirates Airlines, Globo Internacional, Copacabana Palace/Belmond, Norte Energia e Michelin.

Jairo Soares (mídia e operações), Marcos Lacerda (CEO), Alexandre “Xã” Vilela (criação) e Gustavo Otto (planejamento e conteúdo) (Créditos: Divulgação)

Das antigas lideranças da Z+ permanece apenas o CCO Alexandre “Xã” Vilela. Além de MaLa, chegaram o diretor-geral de operações e mídia Jairo Soares (ex-Fischer); e Gustavo Otto, para a posição de diretor de planejamento e conteúdo.

“A agência precisa ser funcional para estar pronta a atender às necessidades dos clientes e com visão multidisciplinar, pessoal com proposta relevante, e ser coletiva para ter give back para o grupo e para as marcas. O foco não pode ser mais apenas na funcionalidade. Todos os atributos precisam estar interligados para construir marcas relevantes”, disse o diretor-geral da Havas+.

O conceito The meaningful agency é chave para ativar construção de marca com performance. Ele foi escolhido a partir do estudo global Meaningful Brands 2019, do Grupo Havas, que apontou que 77% das marcas são passíveis de desaparecer do mercado sem que os consumidores sintam a sua falta. “Queremos estar nos 23% e ganhar terreno onde houver oportunidades”, ponderou MaLa.

“A Havas+ está participando de dois pitchs no momento, mas está a serviço da montadora coreana Hyundai, Grupo Caoa, Adidas, BNP Paribas, Cinemark, Hermès, Swaroviski, MSC, Tena e MoneyGram. Todos serão beneficiados com as ferramentas utilizadas pela rede, como a DBI, que mixa programática com o Target Group Index. A oferta de serviços inclui CRM (diálogo), e-commerce, user experience, consultoria, ativação, eventos etc. Oferecer uma cultura de dentro para fora”, detalhou MaLa.

O Grupo Havas mantinha uma operação externa, a Versão Beta, agora integrada à nova operação, mas sob o comando da fundadora Roberta Raduan e de Sergio Caruso. “É mais valor agregado porque o foco dessa área é o digital growth”, disse MaLa, que pretende utilizar na Havas+ as expertises do Vivendi em música por meio da Universal; games através da Gameloft; e mídia com o Canal+, sucesso na Europa. “Há um trabalho intenso, mas que vai ter ritmo acelerado sistematicamente. Tudo muda o tempo o todo e a nova comunicação requer agilidade”, finaliza MaLa.