“O jornalismo profissional ganha audiência e assinantes, reflexo da sua importância como fonte confiável para a sociedade.” A avaliação é de Silvio Albuquerque, diretor de Vendas e Audiência da Editora Globo. O profissional afirma que o contexto da pandemia refletiu na procura por informações e na aceitação do jornalismo. “É incontestável que a pandemia impactou a sociedade como um todo, fazendo com que o que já sabíamos fosse reafirmado: é ainda mais evidente a importância do jornalismo profissional de forma ágil. Em um cenário político e econômico de incertezas, o conteúdo jornalístico isento, transparente e preciso é chave importante de conhecimento e informação para a sociedade”, diz.
Principal veículo de economia, finanças e negócios do país, o Valor Econômico teve um ano de 2020 bastante positivo. O jornal, segundo os dados auditados pelo IVC, encerrou o ano de 2020 com mais de 120 mil assinaturas, com participações importantes tanto do impresso quanto do digital. Albuquerque afirma que em 2020 o volume de assinaturas foi o maior dos últimos 14 anos, com um crescimento de 130%.
Na comparação com o mesmo período de 2019, dezembro de 2020 teve um crescimento de 13% no total de assinaturas e 46% nas exclusivas digitais. Foram quase 50 mil novas assinaturas vendidas no ano passado, divididas entre impressas e digitais.
Nessa trajetória positiva para a publicação, o executivo explica que a expectativa do jornal para 2021, “enquanto o mais importante veículo de economia, finanças e negócios do Brasil”, é continuar crescendo dois dígitos ano após ano.
Ao olhar o cenário para as publicações impressas como um todo, o profissional acredita que, cada vez mais, o impresso é sinônimo de premium, representando a experiência mais próxima do editorial com o leitor. “Oferecemos o jornal impresso, acesso ilimitado ao site e app do Valor, além de conteúdo de mais de 20 revistas setoriais, anuários e suplementos”, detalha.
SAÚDE, ECONOMIA E POLÍTICA
Dentro do olhar da pandemia, ele fala que, além das orientações sobre o avanço da ciência e da medicina na prevenção e no tratamento do coronavírus, as informações em tempo real sobre economia e política mundial passaram a despertar ainda mais o interesse do público leitor desde março de 2020, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou oficialmente a questão da Covid-19 como pandemia.
Nesse sentido, ele recorda que, em 2020, o editorial do Valor Econômico se destacou, por exemplo, em matérias sobre o reflexo no mercado econômico e financeiro brasileiro, mudanças na política fiscal e econômica do atual governo, bem como na atuação do Judiciário diante do cenário de desestabilidade.
Para continuar conquistando leitores e assinantes, o jornal mantém como pilares centrais o constante cuidado com a produção editoral e o aprofundamento de seu público. “A nossa estratégia se baseia na excelência da produção editorial, na distribuição de nosso conteúdo e no profundo conhecimento sobre o nosso leitor”, diz.
Com ferramentas diversas, ele conta que o Valor consegue chegar a sua audiência de forma segmentada e exclusiva. “Hoje somos capazes de interagir de forma diferenciada com grupos distintos de nossa audiência. Sabendo os perfis e interesses de quem nos lê, temos como resultado o aumento do engajamento dos usuários, assim como uma maior captação e retenção de nossos assinantes”, observa.
Prestes a completar 21 anos, o Valor teve sua primeira edição publicada em 2 de maio de 2000. Ao celebrar as duas décadas de vida da publicação, em maio de 2020, uma matéria lembrou como era o mercado digital à época de seu nascimento.
Segundo o texto, “já era corrente dizer que o jornal impresso estava com os dias contados”, que o papel seria substituído rapidamente pelos meios digitais, segundo as previsões, embora ninguém soubesse ao certo como criar um modelo de negócios consistente baseado exclusivamente na internet”.
A web era, como recordou o Valor, um território inexplorado. “Para se ter uma ideia, o Google só contava com dois anos de existência e acabara de chegar ao Brasil. Não havia Facebook, que só seria fundado quatro anos mais tarde, nem smartphones – o iPhone surgiu em 2007. Duas décadas depois, o Valor – primeiro jornal brasileiro a nascer sob o conceito multiplataforma – continua a enviar sua versão impressa a assinantes e bancas, enquanto seus serviços digitais acumulam recordes de assinatura e audiência.”