Agência carioca com 15 anos de história, a Amo tem o digital como centro de sua estratégia para a comunicação dos clientes. Segundo o sócio Bruno Dreux, a agência acredita que uma campanha tem de ter uma ideia central que seja espalhada pelo digital com o suporte do offline. “É um modelo que a gente trabalha há anos e isso sempre se mostra poderoso”, destaca ele.
Este ano, apesar do momento econômico complicado, a Amo tem a expectativa de crescer entre 20% e 30% e ganhou contas como novas marcas da GSK e LIV, que é parte do grupo de educação Eleva. Para Dreux, a agência se diferencia no mercado carioca pela expertise no digital, com posicionamento integrado.
“Felizmente, meus concorrentes têm mania de resolver tudo com plano de televisão. É como se o médico desse o mesmo remédio para dor de cabeça e para apendicite. Eu acho que hoje as agências estão com viés muito grande para TV porque tem um BV gigantesco que sustenta os negócios. Na minha opinião, não existe nada mais antiético do que isso. É um viés totalmente errado e nós queremos combater isso”, ressalta.
Ele cita como exemplo o case de Bob’s Fã, programa de relacionamento da rede de fast food, cuja conta a Amo conquistou há três anos – a parte institucional do Bob’s é da NBS. De acordo com Dreux, quando a agência começou a trabalhar com a marca, essa era uma conta pequena, mas que a verba cresceu e já responde por mais de 10%. “Este ano, se tudo der certo, nós vamos bater recorde de faturamento. A gente focou a estratégia de comunicação no Facebook. O objetivo era gerar cupom. O custo de emissão do cupom ficou menos de 10% do valor que era depois que eliminamos os outros veículos. A decisão foi focar em um canal e fazer direito”.
Dreux lembra que o digital
é hoje uma mídia de massa e defende o legado. “Temos 120 milhões de pessoas no digital. No digital, você conhece a audiência melhor do que a televisão, tem um ganho extraordinário de inteligência. A gente compra mídia offline, mas a diferença é que o digital é o centro e o resto vem como suporte. A estratégia de comunicação nasce no digital e as outras mídias dão o suporte, porque o digital tem um legado infinitamente maior”.
Outro ponto destacado pelo executivo é que o custo de produção baixou muito, abrindo um novo leque, principalmente em redes sociais. “Hoje você pode ter uma produção com menos orçamento e isso abre uma possibilidade para a agência rever o seu modelo. Quando você vê, criou vários filmes para o digital”, afirma Dreux, que tem como sócio Marcio Ismail, diretor de criação da Amo.
A primeira campanha da agência para a LIV após a conquista da conta aborda cinco sentimentos – amor, ódio, raiva, medo e felicidade – com o conceito Sinta LIV. O objetivo é mostrar a importância de entendê-los para que cada aluno esteja apto a lidar com cada um deles.