Mais de 500 mil eventos deixaram de ser realizados, desempregando e inutilizando toda a cadeia produtiva do setor de live marketing (Freepik)

A indústria de eventos perdeu de 70% dos 25 milhões de empregos gerados no Brasil, segundo a Associação de Marketing Promocional/ Live Marketing (Ampro), que acaba de emitir um manifesto pedindo mais responsabilidade dos governantes para que o setor possa vislumbrar um rumo de recuperação para atividades ligadas a ativação, eventos, incentivo e trade marketing. A entidade clama por ações efetivas dos governantes para toda a sociedade brasileira a fim de se evitar mais mortes, destruição de empregos e negócios.

O documento foi distribuído para meios de comunicação e enviado às presidências da Câmara Federal, Senado Federal, Procuradoria Geral da República, Ministério Público Federal, Supremo Tribunal Federal, OAB e ABI.

A iniciativa é também uma homenagem da Ampro ao professor Tony Coelho, ex-conselheiro da entidade, educador e um dos nomes mais criativos do mercado de live marketing, que perdeu a sua vida para a Covid-19, muitas das quais, segundo a entidade “poderiam ter sido poupadas se houvesse competência e responsabilidade nas políticas públicas de saúde”.

Leia a íntegra do manifesto emitido pela Ampro:

Um momento dramático

O Brasil tem 2,7% da população mundial e 10% dos mortos por Covid-19. Ao invés de uma rápida e efetiva mobilização em prol da vida e dos negócios, perdemos um tempo precioso, ficando à mercê de interpretações equivocadas e questionamentos descabidos, que desprotegeram a população brasileira e reduziram suas oportunidades de trabalho. Recente estudo do instituto australiano Lowy colocou o Brasil na última posição, como o país com a pior gestão da pandemia entre 98 pesquisados.

Em nossa indústria em especial, o impacto foi dramático. Perdemos cerca de 70% dos 25 milhões de empregos que geramos todos os dias.

Mais de 90% das agências especializadas foram diretamente afetadas pela crise da pandemia.

Mais de 500 mil eventos deixaram de ser realizados, desempregando e inutilizando toda cadeia produtiva de nosso setor.

Algo precisa ser feito!

No que acreditamos

A Ampro acredita na ciência e nas recomendações preconizadas por órgãos estabelecidos da saúde. Acreditamos na necessidade de prevenção, no uso de máscaras, no distanciamento social e no asseio contínuo de mãos. Acreditamos nas vacinas, comprovadas como eficazes no combate à pandemia.

A Ampro acredita na verdade! Expressa de forma clara e inequívoca, apresentada por meios críveis e fontes confiáveis. Repudiamos e execramos as fake news, fabricadas e distribuídas nos subterrâneos da mentira e do ódio.

A Ampro acredita na união de esforços, no trabalho coletivo e na força motora das empresas que representa.

O que queremos

Queremos ação e proatividade dos governantes no sentido de se evitar mais mortes e destruição de empregos e negócios. Pragmatismo e negociação competente para viabilizar, o mais rápido possível, uma imunização ampla e rápida, que garanta a volta à normalidade às nossas vidas.

Queremos mais oxigênio para o setor! Programas efetivos de apoio aos que perderam empregos e negócios nesse período da pandemia. Crédito subsidiado, diferimento de impostos e ampliação de prazos de pagamento de empréstimos e regime especial de trabalho.

Queremos reformas estruturais, que dinamizem a economia brasileira e acelerem a retomada de negócios.

Queremos que se apurem com total rigor responsabilidades pelo descaso e má condução de processos de prevenção e suporte à saúde dos brasileiros em relação à pandemia.

Como podemos ajudar

Espaços para eventos, existentes em todo o Brasil podem ser utilizados para vacinação em massa.

Agências especializadas podem ser acionadas para processos de comunicação, promoção e ativação, que provoquem o entendimento e engajamento da população.

Agências especializadas podem prestar serviços competentes para ações emergenciais, envolvendo pessoal competente e a logística necessária.

Agências e empresas especializadas do setor podem montar em tempo recorde estruturas de apoio e preparação de espaços para programas de vacinação.