No ranking por estados, São Paulo manteve o 1º lugar, seguido por Paraná e Santa Catarina

O parque de produção audiovisual brasileiro atravessou 2021 em um cenário melhor do que 2020, ano em que a pandemia acertou em cheio todos os setores da economia com restrições sanitárias, preços menores e prazos elásticos de pagamentos por trabalhos realizados.

Foram 38,538 mil títulos de filmes comerciais registrados na Ancine (Agência Nacional de Cinema) como informa a Apro (Associação das Produtoras de Obras Audiovisuais) e seu braço internacional FilmBrazil. Um crescimento de 0,7% em relação a 2020 (38.281  mil títulos).

No ranking por estados, São Paulo manteve o 1º lugar com 32%, o mesmo de 2020, seguido por Paraná (11%), Santa Catarina (9%), Minas Gerais (7%) e Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro (6%). Participaram da pesquisa 54 produtoras associadas à Apro e 22 representantes das agências.

Marianna Souza, presidente-executiva da Apro, diz que o setor aprendeu com o ano de 2020 e acredita que a melhor no cenário é reflexo da vacinação contra a Covid-19.

"Buscamos maneiras mais eficientes para mitigar os riscos e gargalos de dois anos atrás e a pesquisa mais uma vez nos ajudou a traçar um retrato real de como foi 2021 para as nossas produtoras, assim como entender o olhar do mercado publicitário em relação às iniciativas lideradas pela Apro”, explica a executiva.

Internacional
As produções para outros países também contribuíram com a performance. Foram orçados 643 projetos para o mercado externo, dos quais 54% foram efetivamente produzidos.

A estimativa total do ano foi de US$ 32,7 milhões, sendo que US$ 23,9 mi nos últimos seis meses de 2021, equivalente a uma recuperação de 19% sobre 2020.

Entre os serviços exportados, o de full service foi o modelo mais exportado (34%), seguido por veiculação no exterior (26,5%), production service (23%), loan-out (7,5%) e desenvolvimento de trilhas (4%).

“Além disso, os países que mais importaram projetos brasileiros foram: Estados Unidos (22%), Reino Unido e México (ambos com 9%), Argentina (5%), Alemanha e China (ambos com 4%). E entre os principais destinos dos production service, a Ancine mostra que, em 2021, Rio de Janeiro ficou à frente com 50%, seguido por São Paulo e Salvador, ambos com 25%”, informa a Apro.