O presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Antonio Megale, prevê crescimento de pelo menos um dígito na produção de carros no próximo ano, embora o setor deva fechar 2016 com uma queda de 19% na produção de veículos, em comparação a 2015.
“Ainda não temos os números fechados, mas acreditamos que será um bom crescimento, dada a crise pela qual o país passa e que acreditamos estar chegando ao fim, pelo menos para o setor”, disse.
Já no segmento de veículos pesados, como o de máquinas agrícolas, Megale é ainda mais otimista, em virtude da projeção do crescimento da safra agrícola brasileira em 2017, que deverá ultrapassar 200 milhões de toneladas de grãos. “Obviamente isso requer a aquisição de novas máquinas para o setor, o que nos deixa com uma expectativa positiva”, destacou o presidente da Anfavea.
Segundo Megale, a indústria não pode deixar de estar voltada para as novas soluções em mobilidade, como a integração de novos modais no transporte de passageiros, o compartilhamento de veículos e os futuros automóveis autônomos, por exemplo. “Mas o automóvel vai continuar a fazer parte da família, para as viagens aos finais de semana e para aqueles que gostam de dirigir seu próprio carro”.