2020 entrou para a história da humanidade como o ano em que o mundo parou por causa da pandemia da Covid-19, que já matou mais de 1,6 milhão de pessoas. Um ano triste e assustador em todos os sentidos, em que tudo virou de ponta-cabeça, nossos hábitos e rotinas mudaram, tivemos de ficar isolados em nossas casas e o trabalho, para a maioria, se tornou remoto. A retrospectiva não poderia ser pior, do ponto de vista econômico e social. Mas, sem dúvidas, há muitos aprendizados que jamais serão esquecidos.
No mercado da comunicação e do marketing, o home office, que até então era uma prática de apenas algumas empresas, virou uma realidade e a tônica do negócio. As agências de publicidade, muitas com estruturas gigantescas, tiveram de se adaptar e aprender a criar campanhas com suas equipes a distância e fazer negócios através das reuniões virtuais. Os desafios iniciais foram imensos e o mercado viu as verbas encolherem, uma vez que os investimentos dos anunciantes foram reduzidos.
Para as agências de live marketing, os desafios foram ainda maiores e o setor vem retomando as atividades aos poucos, já que os eventos presenciais foram cancelados e as restrições continuam. O segmento só não foi totalmente paralisado porque cresceram nesse período as ações phygitais, que mesclam ativações nos meios físico e digital.
Os meios de comunicação também foram afetados, principalmente no início da pandemia, quando os anunciantes puxaram o freio de mão e simplesmente pararam de anunciar, porém, a busca do público por informações sobre a crise de saúde fez com que a audiência de vários meios, como TV, rádio e portais, explodisse e as marcas voltaram à mídia.
A situação foi ainda mais complicada para as produtoras, que por razões óbvias foram proibidas de fazer locações externas. As animações e produções mais “caseiras”, muitas vezes com artistas e influenciadores gravando a si mesmos e sendo dirigidos a distância, foram a solução encontrada para a produção de campanhas publicitárias.
Neste especial o PROPMARK faz uma retrospectiva destacando os principais fatos do mercado da comunicação no ano, que começou com expectativas promissoras, mas que tiveram de ser revistas após a chegada do coronavírus. Apesar de todas as dificuldades impostas pela pandemia, a busca pela igualdade de gênero, racial e por relações mais sustentáveis no mercado continuou neste ano tão desafiador.
Outra dinâmica imposta ao mercado foi a realização de festivais virtuais. O Cannes Lions, o maior de todos da indústria da criatividade, optou por cancelar a premiação e fazer apenas um evento gratuito e aberto com palestras e conteúdo online. A maioria, no entanto, teve premiações virtuais. Para 2021, vários festivais, como o SXSW e o D&AD, já confirmaram edições virtuais novamente.
O ano foi marcado também por um ritmo intenso de movimentação de contas no mercado publicitário e fusão de agências, como a da VML e Y&R e AKQA e Grey. Mesmo com a pandemia, movimentos como o Black Lives Matter ganharam as ruas e mobilizaram as marcas. 2020 está próximo do fim, com a esperança pela chegada da vacina contra a Covid-19 e que a vida volte em breve ao normal. Boa leitura, um Feliz Natal e um Ano Novo com muita saúde e paz para todos!