O Grupo Boticário anunciou recentemente o plano “Compromissos para o Futuro”, que prevê ampliar o impacto positivo para a sociedade até 2030 por meio da gestão de resíduos. São 16 compromissos socioambientais.

Entre as metas estão mapear e solucionar 150% de todo resíduo sólido gerado pela nossa cadeia; reduzir a desigualdade social de 1 milhão de brasileiros transformando a realidade da gestão de resíduos no Brasil.

Na parte estratégica há 14 compromissos organizados em quatro pilares de atuação: Neutralizar impacto ambiental; Potencializar a conservação da biodiversidade; Impulsionar a beleza transparente; e Alavancar a diversidade e inclusão. Todos os compromissos estão reunidos no site ” Uma Beleza de Futuro “.

Artur Grynbaum, vice-presidente do Conselho de Administração do Grupo Boticário, afirma que os próximos dez anos serão desafiadores. “Nosso compromisso é reflexo do que já temos feito há 44 anos e do que acreditamos que seja o nosso papel como empresa. Temos uma longa atuação a favor da sustentabilidade e da conservação ambiental. ESG não é uma agenda nova para nós, mas os novos tempos apresentam cenários complexos que exigem um comprometimento ainda maior e, por isso, estamos avançando na agenda social, deixando um legado que vai muito além da nossa cadeia”, afirma.

Para solucionar todo resíduo sólido até 2030, o Grupo Boticário vai priorizar esforços em três frentes transversais: Circularidade; Sustentabilidade em toda cadeia de valor; Inovação em produtos e serviços. A empresa vai se responsabilizar por reduzir, reutilizar e reciclar o equivalente a 150% de todo o resíduo sólido gerado em sua cadeia de valor.

Uma das iniciativas de reciclagem é a ampliação do programa de logística reversa própria para todas as marcas e canais de venda. Desde 2006, a empresa possui inciativas proprietárias de logística reversa com mais de 4 mil pontos de coleta distribuídos por 1.751 municípios.

Além da circularidade, a empresa irá utilizar a força de seu ecossistema para estimular sustentabilidade em toda cadeia de valor. Nesse sentido está o Eco Álcool, produzido a partir do bagaço da cana e outros resíduos de biomassa. Ele estará presente em 100% das fragrâncias produzidas a partir de 2021, resultando no reaproveitamento de resíduos, e em 30% de redução na pegada de carbono em relação ao álcool tradicional.

Nas operações de varejo, o plano é potencializar lojas e pontos de venda como vitrine de sustentabilidade, aproximando a experiência de reciclagem do consumidor. Atualmente, além de peças de mobiliário, a empresa conta com uma loja sustentável feita de resíduos plásticos.

Além disso, a empresa afirma que irá repensar todo seu portfólio priorizando a não geração de resíduos. Já existem refis para linhas como as loções de Nativa Spa e Cuide-se Bem, que utilizam 69% menos plástico que o frasco tradicional. O plano prevê ampliar a refilagem para linhas de perfumaria.

O portfólio será ainda mais reciclável com o lançamento de maquiagens monomateriais em 2022 e com o aumento do material reciclado em embalagens. A empresa também está estudando o uso de materiais alternativos, como biodegradáveis ou hidrossolúveis.

Outro ponto destacado pela companhia é o compromisso de reduzir a desigualdade social de 1 milhão de brasileiros transformando a gestão de resíduos no país até 2030, a partir de usar resíduos como fonte de renda, e da capacitação e empreendedorismo.

Cerca de 1 milhão de toneladas de vidro são descartados e uma quantidade pequena retorna. Hoje o vidro representa 60% do peso das embalagens que o Grupo Boticário coloca no mercado anualmente, e o grupo irá incentivar a coleta, reutilização e reciclagem do produto.

O Programa Desenvolve também faz parte do planejamento. O projeto, que oferece cursos profissionalizantes em tecnologia para pessoas de baixa renda, vai contemplar alunos de famílias que atuam com gestão de resíduos.

Nas metas de diversidade, inclusão e equidade. A iniciativa contempla metas de representatividade de mulheres e pessoas negras em todos seus níveis internos. Até 2023, a empresa terá 50% de colaboradores negros e 25% das lideranças corporativas negras. Em 2025, a meta prevê 50% de mulheres na diretoria.