Desde a mudança para a nova sede em dezembro de 2017, a MChecon Group vive mais do que uma alteração de endereço. A empresa fundada em 2005 por Marcelo Checon redesenhou seu posicionamento para estreitar relações com os clientes, se aproximar do mercado de maneira física, diluindo a unidade operacional em galpões desenvolvidos de acordo com suas expertises construtivas.
Na nova estrutura na capital paulista, o escritório fica no bairro Alto de Pinheiros para facilitar a conexão com os clientes. As unidades de negócio especializadas em entregar PDV, estande, cenografia retail têm galpões próprios na Grande São Paulo. No escritório está concentrado o comercial, dividido em áreas retail, estande, PDV, cenografia e arquitetura de negócios, criação, gestores de produção, marketing, recursos humanos e financeiro. O projeto teve direção criativa de Wado Gonçalves e foi inspirado na execução de cenografias, com elementos como ferramentas que servem como adereços ao ambiente. São 67 colaboradores na sede, além dos que trabalham nos galpões, totalizando cerca de 300 pessoas – número que varia com a demanda.
Com um histórico de sete mil projetos realizados em sete países, 25 estados e 92 cidades, e um faturamento que atingiu os R$ 130 milhões em 2016, a empresa pretende ampliar os locais de atuação, buscando nos próximos anos ter subsidiárias posicionadas estrategicamente em todas as regiões do país. Outra novidade é que há alguns meses a empresa criou o núcleo Arquitetura de Negócios, para viabilizar grandes projetos com budgets apertados. A ideia é ajudar os clientes a adicionar receita aos projetos envolvendo marcas dispostas a realizar ativações em um evento ou PDV. Em agosto de 2017, o MIT point da Mitsubishi, no Shopping JK Iguatemi, foi o primeiro projeto do núcleo e teve cinco marcas parceiras, entre elas a LG com seus televisores. Juliana Ferraz, diretora comercial da MChecon Group, está há dois anos na empresa e vive de perto as mudanças e novidades. “Qualquer um pode executar cenografia, mas a MChecon se difere na inteligência, no olhar diferenciado e em soluções criativas cenográficas”, diz Ju, como é conhecida.
CONEXÃO
No Rio de Janeiro, onde mantém operação há sete anos, em 2017, a empresa atuou no Rock in Rio pela quarta vez consecutiva. Foram 26 projetos para marcas como Itaú, Ipiranga, Facebook, Niely, Johnny Walker, Habib’s, Cup Noodles, Colgate, Chilli Beans, Submarino e Ipiranga. Outros cases do último ano foram realizados no Carnaval e na Expo Disney. Para a folia, a empresa criou e produziu a cenografia dos Camarotes Salvador, Club e Skol, e no Rio de Janeiro os camarotes N1 e Quem Acontece!. Para a feira de produtos licenciados Disney, o MChecon Group assinou pelo 6° ano consecutivo a montagem, ambientação e cenografia de todos os espaços do evento. O ano também foi marcado pelo Natal. A empresa organizou a cenografia da data em shoppings centers. Foram seis: JK, Lar Center, Iguatemi e Morumbi, em São Paulo; Leblon Rio; e Shopping Bahia. A ideia é fazer dez em 2018.
Ju Ferraz comemora os resultados e destaca a cenografia como fundamental para eventos de live marketing. “Quebramos todos os padrões cenográficos com o Itaú no Rock in Rio. Temos de pensar sempre como fazer o público se sentir perto da marca. Cenografia não é coisa fria, é conteúdo, experiência, conexão emocional, estar perto das pessoas e fazer com que seja inesquecível. Você tem de achar mágico. O cliente é o consumidor. Se ele não aceita e não interage com a cenografia, acabou.”
Prestes a entregar o Carnaval (camarotes N1, Quem, Salvador e o Baile da Vogue), ela já pensa no Salão do Automóvel (em concorrência), Copa do Mundo e Natal, além de convenções de marcas como para Ipiranga, em fevereiro. “Não faz sentido a quantidade, mas a qualidade de jobs. Olhamos o calendário e sabemos onde temos de estar. Temos muitos clientes recorrentes e exigentes. Nosso negócio é pessoalidade e entrega perfeita”, explica. Sobre a Copa, ela conta que com a Vivid Brand, do Grupo Publicis, vão fazer a Casa Rio para a Riotur, empresa de turismo do Rio de Janeiro. Também há a ideia de eventos-proprietários com parceiros no Brasil. Apesar das novidades, os executivos reforçam que a MChecon não quer ser agência. “Executamos as ativações criadas pelas agências. Não pensamos as ações, não somos agência nem vamos virar uma. Somos uma empresa de cenografia, mas diferenciada, com inteligência”, diz Ju. “Somos e continuaremos sendo fornecedores para o segmento, respeitando sempre o espaço das agências”, completa Checon.
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