Com foco no cliente, a Azul Linhas Aéreas investe principalmente no relacionamento e em novidades, como o recém-criado cardápio para as férias em voos com destino aos Estados Unidos. Para a temporada de inverno deste ano, a companhia aérea fez parceria com os chefs Márcio Silva e Jorge Gonzalez, do Buzina Food Truck, um dos destaques dessa nova onda gastronômica paulistana. Nesta entrevista, Claudia Fernandes, diretora de marketing, também fala sobre as estratégias de comunicação e sobre a atual situação que envolve o setor de aviação no Brasil.
A Azul Linhas Aéreas anunciou um novo cardápio para voos internacionais. E o grande destaque dessa novidade é o Buzina Food Truck, um dos principais nomes da gastronomia atual, que assina o cardápio. Como vocês chegaram ao nome deles?
Nós chegamos ao nome do Buzina de duas maneiras. Eu conheço o chef Márcio Silva e o chef Jorge Gonzalez desde que compraram o Buzina. Eu sempre fui fã deles. E eu sempre dizia a eles, desde que cheguei à Azul Linhas Aéreas, que eu queria que eles montassem um cardápio para a gente. O food truck virou a nova pizzaria de São Paulo. A cada esquina, agora, tem um. E tanto o Márcio quanto o Jorge são chefs de verdade, então, desde que entrei na Azul, eu falava que a gente precisava levar a comida do caminhão para o avião. Nós queríamos levar a autenticidade dessa comida para o nosso cardápio. Esse é um tipo de comida que virou tendência no mercado gastronômico.
Esse cardápio especial ocorre todo mês de julho?
O mês de julho, para nós, é muito importante, pois se trata da alta temporada do turismo internacional, principalmente quando a gente fala em Estados Unidos, por conta dos parques da Flórida, das férias infantis. Os nossos menus especiais vão sempre vir nesses momentos especiais, de alta demanda, nas altas temporadas. Isso vai ser realizado sempre nos meses de julho, dezembro, janeiro e fevereiro.
E agora, a partir do dia 22 de junho, a Azul vai começar a voar para a Europa?
Sim, a partir desta quarta-feira (22), nós passaremos a voar para a Europa. São três voos – saindo do aeroporto de Viracopos, em Campinas – para Lisboa. Serão voos diretos para a capital de Portugal. Eles seguirão o mesmo padrão dos que já são realizados para os Estados Unidos. Lisboa já foi um sucesso. Começamos a pré-venda com dois voos e já estamos no terceiro. A demanda aumentando, nós vamos continuar.
A Azul está pensando em alguma campanha para comunicar essa novidade?
Já fizemos uma campanha na pré-venda. No ciclo da aviação, a campanha começa na pré-venda, para avisarmos aos nossos consumidores finais, esse novo voo para Lisboa. A continuidade da campanha é feita nas redes sociais, revista e jornal. Nós temos, hoje, duas agências trabalhando com a gente. Na parte offline é a Y&R; na online, a Wunderman. Mas, para mim, não são duas agências. É apenas uma agência, que cuida de toda a minha estratégia de comunicação. Às vezes, o trabalho é mais online; às vezes, esse trabalho é mais off. Mas eu procuro ver como um grupo de agências integradas. São duas agências do mesmo grupo e foi por esse motivo também que nós fizemos essa escolha.
Levando em consideração a atual situação da economia brasileira, como você avalia o mercado de aviação brasileira?
Estamos, como em qualquer outro segmento, sofrendo. A gente precisa aumentar a demanda, que, nos últimos meses, tem diminuído bastante. Nós também fizemos uma redução no número de voos, para adequar essa demanda. Trabalhamos para que, quando a crise passar, nós possamos deixar nossa máquina ainda mais eficiente para conseguirmos decolar também mais rápido. Mas o momento não está sendo nada fácil, tem sido bem turbulento para o setor.
E no segundo semestre, como fica a expectativa para o mercado?
Tentar adivinhar como será o segundo semestre deste ano, levando em consideração a atual situação da economia brasileira, seria como ganhar na loteria, é como tentar adivinhar os números que ainda serão sorteados. Claro, nós esperamos que as coisas comecem a voltar para o eixo, mas não temos uma previsão macroeconômica para dizer que vai acontecer dessa forma.
A crise econômica fez a Azul Linhas Aéreas repensar alguma das estratégias de marketing?
Não, não sofreu nenhuma alteração. A Azul Linhas Aéreas tem uma estratégia muito bem definida, que é essa nossa preocupação de atender os nossos clientes sempre bem. Nós queremos que o passageiro que voa pela Azul tenha uma experiência inesquecível, que seja uma experiência única e seja o melhor voo da vida dele. Então, a nossa estratégia é sempre trazer novidades para os nossos clientes. Nós vamos começar com o happy hour a bordo, com cervejas bock. Mas a gente já fez um happy hour de verão, que foi um grande sucesso. Por isso nós decidimos repetir a dose no inverno, agora, porém, com uma cerveja bock. Além disso, teremos outra novidade em breve, mas que ainda eu não posso contar. Então, a nossa estratégia, em função da crise, não mudou. Ela é adaptada em relação ao quanto eu apareço ou não na mídia em decorrência do quanto tenho de verba publicitária, mas a estratégia é a mesma. E a gente vai continuar construindo essa marca com esse mesmo DNA para que, obviamente, quando a situação da economia do Brasil melhorar, estejamos em uma posição ainda mais sólida em relação aos nossos concorrentes. Nossa ideia é fazer com que o cliente experimente, goste e fique encantado com a Azul Linhas Aéreas – tanto nos voos domésticos quanto nos internacionais.
Recentemente, a Azul anunciou novos voos para o interior do Brasil. Como está esse mercado regional?
A gente anunciou, de fato, alguns voos, como Santo Ângelo, no interior do Rio Grande do Sul. O mercado regional depende de diversos fatores. Um deles, por exemplo, passa pela infraestrutura dos aeroportos locais. Ou seja, não é apenas a vontade da Azul de voar para alguns lugares. Hoje, a gente tem 130 locais que você só consegue chegar se for voando pela Azul. Se você quiser ir para Uruguaiana, por exemplo, você só consegue ir pela Azul Linhas Aéreas ou, se preferir, por estrada, viajando oito horas de ônibus. Se você quiser ir para Tabatinga, na fronteira com a Venezuela, você pode ir com a Azul ou, também, se preferir, pode fazer uma viagem de cinco dias de barco. Nós somos os únicos a voar direto, saindo de São Paulo, para Bonito, no Mato Grosso do Sul. Então, a aviação regional está no nosso DNA, mas o desenvolvimento dela, infelizmente, não depende apenas da gente e, sim, da estrutura de alguns aeroportos espalhados por todo o Brasil.
Qual é o principal diferencial da Azul Linhas Aéreas?
As pessoas. Sem dúvida nenhuma, um dos nossos principais diferenciais em relação aos nossos concorrentes são as pessoas. A Azul é uma empresa feita por pessoas e para as pessoas. Servir é o nosso principal entusiasmo. E servir com o objetivo de encantar esse cliente, servir para transformar a viagem desse cliente na melhor viagem do mundo – assim como para nós, funcionários, sentir que trabalhamos no melhor emprego de nossas vidas. Um tripulante feliz é um cliente feliz, isso é uma cadeia. O cliente também faz parte do DNA da Azul. A gente quer encantar e não medimos esforços para que isso ocorra, se torne uma realidade. Na Azul, nós temos uma coisa que julgamos ser muito importante, que é a horizontalidade. Todo mundo é importante para gente, da pessoa que pilota o avião à pessoa que serve o cafezinho. Um cliente feliz sempre vai voltar. Queremos encantar o cliente e esse encantamento vai desde o momento, lá no começo, em que ele está comprando a sua passagem no nosso site ou em uma das nossas agências, até o momento em que ele chega ao seu destino final. O encantamento precisa existir em todas as etapas, ele precisa ser completo e o nosso trabalho é feito muito em cima disso, para que as pessoas se sintam ainda mais felizes voando com a Azul Linhas Aéreas.