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Quando o Facebook comprou o WhatsApp em 2014 por US$ 19 bilhões, muitos acreditavam que o aplicativo de mensagens seria inundado por anúncios publicitários de todos os tipos. Isso não aconteceu (ainda).

Rumores recentes afirmam que o mensageiro deverá receber publicidade no Status (espécie de “stories” do WhatsApp) em breve. A rede nega tal informação, mas o mercado já começou a se perguntar as consequências do movimento.

“O WhatsApp Status é usado por mais de 500 milhões de pessoas todos os dias e, certamente, tem muito potencial de monetização para o Facebook ali. O ponto mais crítico é sem dúvida a preocupação com privacidade”, comenta Fabio Prado Lima, diretor da AdResults e especialista em Facebook Ads.

Segundo Lima, mesmo com as conversas tendo encriptação de ponta-a-ponta, que nem mesmo o WhatsApp consegue decodificar, a maior dificuldade é esclarecer ao público que, mesmo sendo atingidos por anúncios, o mensageiro não está “espiando” suas conversas.

O profissional lembra que, na parte mais técnica de anúncios, os Públicos Personalizados, que permitem que as peças sejam direcionadas para pessoas com base em seus e-mails ou números de celular, os anunciantes só enxergam informações sobre esse público de maneira agregada. “Conseguimos ver quantas pessoas de uma lista de Público Personalizado alcançamos, mas não conseguimos ver exatamente quem são essas pessoas, por questão de privacidade”, ressalta.

“Particularmente, estou ansioso para a liberação do WhatsApp Status como mais um posicionamento de anúncios, mas entendo que isso pode levantar preocupações para uma parcela do público. Não existe almoço grátis”, finaliza.