Ênio Vergeiro, presidente da APP (Associação dos Profissionais de Propaganda), comandou na noite desta segunda-feira (13) o evento que pontuou os 75 anos do órgão. Na ocasião também foi lançado o livro “Profissionais de Propaganda – Um galo na cabeça”, exatamente para celebrar os 75 anos de atuação na defesa dos que atuam no mercado publicitário.
Vergeiro, que recentemente foi reeleito para mais dois anos de mandato à frente da APP, reuniu figuras importantes do mercado, casos de Luiz Lara (presidente da Abap nos últimos quatro anos) e Renato Pereira (diretor executivo de relações com o mercado da TV Globo), respectivamente 1º e 2º vice-presidente do Conselho de Administração, além de ex-presidentes da entidade.
Segundo o executivo, o objetivo dos próximos dois anos é dar continuidade ao trabalho que tem sido feito. “O biênio anterior foi marcado por um gestão da diretoria, e não da presidência somente. Até porque boa parte dos membros já foi presidente da APP, o que gera uma continuidade nas ações”, diz, relembrando de fatos do passado. “A nossa entidade surgiu no final dos anos 30 e, com o passar do tempo, ela esteve envolvida na criação da ESPM, do Grupo de Mídia, do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária). Quando você reúne um grupo de profissionais que, ao tirar o crachá, se juntam para fazer coisas benéficas ao mercado, todo mundo ganha”, completa.
Para ele, hoje a APP tem mais representatividade fora da cidade de São Paulo do que dentro, devido à força dos capítulos regionais. “As entidades que regem as diversas áreas do mercado publicitário, aqui em São Paulo, tem vida própria, como o Grupo de Mídia, o Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão), o Conar e tantas outras. Mas quando você chega no interior do estado, ou em cidades como Uberlândia (MG) e Londrina (PR), a voz do mercado é a APP local – seja para falar de licitação pública ou de ensino, por exemplo. Isso é muito importante em um tempo que a propaganda regional está cada vez mais sendo valorizada”, ressalta.
Livro
“Profissionais de Propaganda – Um galo na cabeça”, é dividida em duas partes: a primeira relembra todo o passado da APP, iniciando por sua fundação e mostrando em detalhes todos os processos pelo qual o mercado publicitário passou e que ajudaram o profissional a se estabelecer até chegar ao presente; já a segunda é dedicada ao futuro e discute para onde a instituição e também a propaganda estão caminhando, levantando questões sobre as incertezas com as quais a indústria terá de conviver nos próximos anos. “Pessoas importantes do mercado fizeram o exercício da reflexão. Porque nós trabalhamos ‘no automático’ e muitas vezes não paramos exatamente para refletir”, afirma Vergeiro.
Em relação ao futuro, o executivo diz que os profissionais irão cada vez mais recorrer ao mundo acadêmico. “Hoje somos cercados de informações. Temos que saber filtrar, assimilar e usar o que for necessário. E para isso é importante estar sempre atualizado, estudar, recorrer a cursos de especialização”, diz. Esse é um dos motivos que a APP também tem em sua pauta, para os próximos anos, estar próxima da educação no país. Vergeiro diz que a entidade está ao lado do MEC (Ministério da Educação), reavaliando o conteúdo do ensino de comunicação no país. “Estamos indicando professores e profissionais ao MEC, que depois serão escolhidos por eles, em torno dessa discussão”.