A Apro (Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais) acaba de aderir ao movimento encabeçado pelas entidades APA (Advertising Producers Association), do Reino Unido; AICP (The Association of Independent Commercial Producers) e CFP-E (European Federation for Commercial Film Producers) contra as concorrências predatórias. Essa prática se resume aos processos de escolha com a participação de produtoras in house relacionadas as redes e grandes grupos das agências que promovem a concorrência. Além dos EUA e Reino Unido, já assinaram Suécia, Suíça, Turquia, Alemanha, França Dinamarca, Irlanda, Espanha, Grécia, Lituânia, Áustria, Sérvia e República Tcheca.
“Vemos a importância de participar desse movimento, que está lá fora sendo tratado como uma revolução por parte das produtoras, num momento em que por aqui também a questão passa a gerar preocupação”, afirma Sonia Regina Piassa, diretora executiva da Apro. Segundo a diretora, essa questão é importante já que o CENP (Conselho Executivo das Normas Padrão) proíbe a produção audiovisual in house, quando houver mídia, operando como agência e produtora.
O pleito das entidades é que se assegure que nenhuma informação aberta pelas produtoras durante os processos seja aproveitada pela empresa do próprio grupo, o que na prática é impossível de ser garantido, uma vez que as ideias criativas e a metodologia acabam sendo incorporadas nas próprias propostas.
“As produtoras se propõem a atuar em mercados de competição plena, porém têm de enfrentar uma situação em que as agências que as convidam para processos de concorrência também convocam suas produtoras in house para participar de todo o processo”, afirma Steve Davies, diretor executivo da APA.