A Aprosom (Associação Brasileira das Produtoras de Fonogramas Publicitários) reuniu os principais players do mercado nesta quarta (18) e quinta-feira (19) para esclarecer dúvidas a respeito da lei que obriga o controle do volume – o chamado “loudness” – de peças publicitárias veiculadas em emissoras que operam no sistema digital. Em julho, a associação divulgou um comunicado reforçando as novas regras e procedimentos, estabelecidos pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) após reclamações sobre o desconforto causado pelo aumento do áudio nas entradas dos comerciais.

“O Brasil está passando por um momento de adaptação e é muito importante que a nova lei seja 100% compreendida não só pelas produtoras de som, mas também por agências e produtoras de imagens. A Aprosom está empenhada em unir o mercado, promover o diálogo e evitar quaisquer problemas”, declarou Ana Nogueira, diretora-executiva da Aprosom. “É hora de deixar de lado as diferenças e pensar como associação. Estamos todos do mesmo lado do front”, destaca Carlos Lima, supervisor do grupo de tecnologia da Aprosom.

Algumas das iniciativas necessárias para o cumprimento da lei são o estabelecimento de duas categorias de áudio por parte das produtoras, online e offline; a certificação dos padrões por parte das agências; a padronização da nomenclatura dos arquivos de áudio; e o estabelecimento de prazos razoáveis para acabamento e aprovação do áudio online. “O papel da produtora de som é entregar um material tecnicamente e artisticamente correto. Qualquer alteração posterior deve ser bancada pelo veículo ou pela agência”, afirma Lima. Segundo o executivo, o descumprimento das regras acarretará em multas para as emissoras. “Nenhuma emissora vai querer correr esse risco, portanto, não podemos bobear”, completa.