O The Zoo, área criativa do Google Brasil, trabalha para que marcas e agências façam as perguntas certas na hora de pensar em inovação e tecnologia.
Felipe Morales e Caio Franchi, diretores criativos da área, as marcas não devem perguntar “o que tem de novo aí?”. “No ímpeto de encontrar coisas novas, ouvimos muito essa questão. Queremos desconstruir isso. O ponto é: o que você quer fazer, onde quer chegar”, disse Franchi.
A provocação foi o fio condutor do “HIT, o Framework”, primeiro painel do Branding@ABA 2019, evento realizado pela ABA (Associação Brasileira de Anunciantes) nesta quinta-feira (25) na sede do Google em São Paulo. Além dos profissionais, a moderação ficou com Kellen Silverio, diretora de marketing da Hasbro do Brasil e presidente do comitê de branding & conteúdo da ABA.
O HIT é a junção de “Humano”, “Ideia” e “Tecnologia”, que resume o melhor fluxo: começar focando nos problemas e questões humanas; buscar ideias que visem atender a uma necessidade humana; e por último vem tecnologia e apenas para viabilizar a ideia.
Para exemplificar eles apresentaram um case para cada ponto. O primeiro foi o “My Line”, criada pela MullenLowe SSP3 de Bogotá para o Ministério das Comunicações e Tecnologia da Colômbia com o Google. “Imagina se a gente começa por ‘o que dá para fazer com linhas telefônicas?’ Provavelmente não isso não chegaria em lugar nenhum. Mas quando começa pelas pessoas, sim”, disse Morales.
O segundo foi ilustrado pelo “Corruption Detector”, da Grey para o Reclame Aqui. “Tentamos sempre fazer o exercício de qual é a ideia, a execução vem depois. A ideia desse case era facilitar o acesso a informação”, defendeu.
Já o terceiro foi o JFK Unsilenced, criado pela Rothco para o The Times. “O discurso estava escrito, ele falaria, mas foi o dia de seu assassinato. Eles pegaram várias horas de discurso do JFK, rodaram em machine learning e o AI leu”, completou Morales.
De acordo com Franchi, as marcas não devem buscar só pela tecnologia que acabou de ser lançada. Além disso, é preciso testar tudo. “O que viabiliza a ideia é usar a tecnologia certa. Um jeito bom de testar é prototipando. Prototipar é colocar sua ideia a prova na mão do usuário. Quando você cria para as pessoas, seja produtos ou serviços, você se conecta melhor com elas.”