Com 52 anos de atividades e 380 funcionários, a Artplan tem escritórios no Rio, São Paulo e Brasília. Mas a essência de ser transparente na gestão de negócios começa pela compreensão estratégica dos profissionais que ocupam suas três unidades. Sem essa postura, ficaria mais difícil integrar as ações de comunicação de marcas como Melitta, Amanco, Caixa, Kopennhagen, L’òreal, Óticas Carol, Paramount, Sorvetes Nestlé, Neosaldina e Oi, por exemplo.

Nessa direção, a agência fundada pelo empresário Roberto Medina, que herdou do pai Abraham Medina o gosto pela comunicação, quer ampliar a reputação de ser um local de trabalho diferenciado. A partir de 2020 vai implantar a metodologia home office, que vai permitir que alguns profissionais não estejam 100% do seu tempo de forma presencial nos escritórios. A agência também vai formalizar um banco de horas, afinal a publicidade muitas vezes exige horários mais prolongados. Compensar é preciso!

O sócio e CEO Antonio Fadiga e o presidente Rodolfo Medina, unidos para fazer da Artplan um local de ideias para gerar negócios, mas com ambiente de trabalho saudável (Créditos: Alê Oliveira)

“É mais sobre a entrega. Que é o mais importante. A agência do futuro só vai reter talentos se souber compreender essa realidade. Caso contrário, não vão ficar. Já estamos testando esse modelo no Rio e no Distrito Federal”, explicou o sócio e CEO Antonio Fadiga, enfatizando que a Artplan é a única agência do ranking das 15 maiores em compra de mídia listada pelo Great Place to Work como um ótimo local para trabalhar.

O foco em pertencimento também se reflete na forma de contratar. Fadiga destaca o método às cegas. Segundo ele, 60% da equipe chegou por essa plataforma, que analisa competência e não raça, gênero e idade. “Somos a agência com mais lideranças femininas”, resumiu o presidente Rodolfo Medina. “A intenção é ter sempre um ambiente acolhedor, sem gritaria e com harmonia. A meritocracia privilegia o talento. Quando pensamos em pessoas felizes e integradas, a gestão de negócios fica melhor”, acrescentou.

Grupos de trabalho recebem treinamento da Academia Corporativa de Capacitação

A qualificação aperfeiçoa. Por isso mesmo a Artplan formalizou a Academia Corporativa de Capacitação. O plano é fortalecer a cultura da agência, estabelecer critérios e elevar a régua das conversas. Os cursos têm ciclos de 18 meses e todos os funcionários podem participar. “Falamos de negócios com especialistas da Fundação Getúlio Vargas, Hyper Island, Disney Ilumeo, Perestroika, Web Summit e Singularity”, elencou Fadiga.
Os recém-contratados recebem um treinamento intensivo e um kit de boas-vindas fornecido pelo RH. Depois vão somando conhecimento até encerrar o currículo proposto. Mas o processo não se esgota. Novas ofertas didáticas são pautadas.

“Também são deixados post-its nas mesas. Essas mensagens dos funcionários ajudam no receptivo. O fator-chave é o lado intangível do ser humano”, acrescentou Fadiga.

Distribuída por squads, operação deixou para trás o modelo vertical para adotar a integração que estimula processo de transformação

A preocupação de estar up to date com as transformações do negócio da propaganda motivou a realização de um treinamento com 80 lideranças da Artplan com a orientação do Vanto Groupe, consultoria estratégica que presta serviços para a Nasa e a Scotland Yard, por exemplo, para conversas de alta performance, nas palavras de Fadiga.

O conhecimento formal interfere diretamente na operação, que é turbinada por meio de squads, ou microagências, que se responsabilizam por todas as demandas dos clientes. Esse formato substitui os chefes de departamento da era vertical por gestores.

“Isso gera agilidade e alinhamento. Sem mimimi. Portanto, diminui a dispersão e aumenta a produtividade. Assim construímos a Artplan do futuro. Sem briefings e com total domínio do negócio do cliente. Estamos na era do conteúdo, que gera a horizontalidade always on para traçar a jornada do consumidor”, justificou Fadiga.

Detalhe da decoração da unidade do Rio de Janeiro, base do presidente Rodolfo Medina

Medina afirma ainda que o Grupo Artplan tem negócios em várias áreas. A Dream Factory atua no segmento de live marketing. O Rock in Rio é outro negócio, o primeiro naming right de entretenimento do mercado brasileiro, que se transformou em uma plataforma de relacionamento das marcas com consumidores. A Pullse é dedicada ao segmento de varejo e a Easy Live, de fidelização. “O grupo tem muitas sinergias. Tudo em prol para gerar ideias para clientes”, finaliza Medina.

Reuniões podem ser feitas em locais como a descontraída recepção de São Paulo

RAIO X
Agência: Artplan
Presidente: Rodolfo Medina
CEO: Antonio Fadiga
Lideranças: Lionel Chulam, Duda Moncalvo, Rodrigo Medina, Luiz Telles e Jorge Rosolino
Principais clientes: Caixa, Hoteis.com, Kopenhagen, L’Oréal, Melitta, Neosaldina, Oi, Óticas Carol, Paramount e Sorvetes Nestlé