Iniciativa busca evitar a aplicação de golpes e fraudes usando a ferramenta da plataforma
O Google está introduzindo uma nova política para os anunciantes ligados à área de serviços financeiros no Brasil. A iniciativa busca evitar a aplicação de golpes e fraudes usando a ferramenta do anúncios da companhia.
A partir desta terça (16), todos os anunciantes do segmento precisarão iniciar um processo de validação, demonstrando que têm autorização de um órgão regulador para atuar no mercado e completando o programa de verificação para a divulgação de produtos e serviços nas plataformas da empresa.
A adequação precisa ser realizada até 17 de outubro, quando a política será atualizada. Segundo a companhia, quem não completar o processo não conseguirá promover seus produtos e serviços financeiros por meio do Google Ads.
"Se os anunciantes não forem certificados, eles vão começar a perder a capacidade de promover serviços financeiros", afirmou Vishal Jain, gerente de produto para privacidade e segurança de anúncios do Google.
Segundo a empresa, os anunciantes afetados pela mudança receberão um aviso e instruções para a realização do procedimento. Aberto o processo, a validação deve levar de cinco a sete dias.
Essa nova solução foi implementada inicialmente no Reino Unido, em setembro de 2021. "Desde que lançamos essa política por lá, notamos um declínio no número de denúncias sobre publicidade promovendo golpes financeiros", adicionou Jain. A tecnologia entrou depois em mercados como Austrália, Cingapura e Taiwan, e agora desembarca no Brasil e ainda na Índia e em Portugal.
No relatório de segurança do ano passado, a plataforma informou que bloqueou 58,9 milhões de anúncios financeiros e restringiu - quando o conteúdo pode ser legal ou culturalmente sensível - 223 milhões.
No país, o Google terá como parceiro de compliance a empresa G2 para a validação dos registros das empresas. E trabalha com órgãos reguladores como Banco Central do Brasil, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).