Mesmo que timidamente, a economia brasileira começa a dar os primeiros passos rumo à recuperação. O setor de tecnologia, por exemplo, voltou a ser procurado. Os bons profissionais vêm sendo requisitados e o investimento na área começa a aumentar, sendo a primeira a apresentar, de maneira concreta, uma retomada da economia.
Diante dos ventos prósperos, os profissionais de TI começam a prestar atenção novamente nas tendências e no que há de mais moderno no mercado. Negócios digitais tendem a mesclar os mundos físico e virtual de maneira a transformar todos os tipos de projetos comerciais, das indústrias, dos mercados e das organizações. A evolução contínua desse formato explora tecnologias emergentes e estratégicas para integrar os dois mundos, criando modelos de negócio totalmente novos e otimizados.
O futuro será definido por dispositivos mais inteligentes e que consigam oferecer serviços digitais perspicazes. Então, as tendências devem ser encaradas como um vislumbre do futuro, onde os gerentes de projetos, por exemplo, não deverão ter como único objetivo: a entrega do projeto para cumprimento de um cronograma absolutamente restrito. As companhias devem começar a perceber que esses gestores estão em contato diariamente com as pessoas internas de tecnologia, que precisam estar atentas com o que acontece ao seu redor para garantir uma maior aproximação dos clientes.
Por isso, ir além dos desafios técnicos é a receita para a criação de qualquer movimento novo. Afinal, se existe algo com o potencial para prejudicar a empresa, o gestor deve ter ciência, garantindo evolução do seu negócio por meio da geração de tendências, como cyber security, payment, blockchain e inteligência artificial. Afinal, de forma cíclica e recorrente, sempre estamos diante de alguma revolução e novas maneiras de se relacionar com pessoas, famílias, empresas e governos.
Cyber security
Já é tendência e deve manter seu posto por mais alguns anos. Afinal, segurança é condição unânime para as empresas. Com o aumento da exposição virtual das organizações, crescem também o risco e a preocupação sobre os principais ativos de qualquer companhia: suas informações, perfis de clientes e dados estratégicos.
Payment experience
Clientes exigentes merecem e querem aprimorar a experiência e a jornada do consumidor. Por isso, as tecnologias no mercado de pagamentos – seja ele físico ou virtual – são desenvolvidas com certa constância. Há pouco tempo era difícil imaginar um cenário onde o consumidor poderia pagar uma conta apenas aproximando seu celular, relógio ou pulseira a uma máquina de cartão. Hoje o mercado vai mais além. Estabelecimentos físicos que permitem o self checkout, com o pagamento da conta por meio de um aplicativo, já são realidade.
Blockchain
Ele se configura como uma rede ponto a ponto. Nela, os próprios usuários são os encarregados em garantir a autenticidade de todas as transações ocorridas dentro de um contexto. Ainda que intermediada por algum dispositivo, a comunicação é direta entre o interessado e o detentor do bem que será adquirido. Com o apoio de um processo de criptografia extremamente avançado, complexo e praticamente impossível de ser quebrado, o blockchain monta uma base de dados no formato de um livro fiscal, criando registros públicos invioláveis com o devido controle de acesso. E, por estar distribuída e replicada em vários locais, essa tecnologia é tão disponível quanto a própria rede.
Inteligência artificial
É vista como um luxo atualmente. Algumas empresas já adotam a tecnologia, mas poucas conseguem usar todo o potencial que a IA pode atingir. O que importa é como pode auxiliar no aumento de competitividade em escala e na geração de resultados dos clientes do ponto de vista da eficiência operacional.
O uso de inteligência artificial como ferramenta complementar ao analytics, por exemplo, consegue gerar redução de custo, eficácia e entrega de valor por meio da análise dos resultados e de data science.
Dessa maneira, a tecnologia se mostra fundamental na união do melhor dos dois mundos: físico e virtual, criando soluções inovadoras e necessárias para a evolução do universo corporativo e, por que não, da sociedade como um todo.
Marcelo Oliveira é CPO da Verity Group, empresa especializada em consultoria para transformação digital e gestão de ponta a ponta