Ricardo Figueira fala sobre sua boutique de inovação, a Figtree, voltada para criatividade e estratégia, com viés de business transformation
Ele foi sócio da AgênciaClick (uma das primeiras e mais bem-sucedidas agências digitais do Brasil), trabalhou por quase uma década no mercado londrino em agências como Isobar, Thompson e Saatchi & Saatchi, e há cinco anos fundou sua empresa de inovação, a Figtree, “baseada no que faltava nos grupos de comunicação”. Considerado um criativo com veia estratégica, Ricardo Figueira conta que inicialmente apresentou a Figtree ao mercado como uma agência de inovação, mas logo depois a reposicionou como uma empresa de criatividade, estratégia e inovação, com viés de business transformation, que “cria novas possibilidades da raiz aos frutos para as marcas”.
“No início, a gente acreditava em abrir uma agência de inovação, mas naquela época a caneta de inovação não estava na mão do marketing em muitas empresas. Geralmente, o CMO só tem um lado da caneta de inovação, que é o da marca. Unidade business, tecnologia, serviços e produtos estão do outro lado da caneta.
Estrategicamente, a gente tirou a agência do nome”, destaca Figueira, founder partner e CCO da Figtree, que tem Liliana Arand como sócia e cofundadora.
Segundo Figueira, nem todas as soluções oferecidas pela Figtree estão, necessariamente, atreladas à comunicação – mas passam por tecnologia. “As soluções que desenvolvemos passam quase sempre por tecnologia. Apesar de a gente não ter um departamento de tecnologia nem programadores.
Desenvolvemos tudo do ponto de vista que nasce do propósito estratégico e vai até a interface. A gente não tem departamento de tecnologia para não ficar refém de um modelo de negócio, que é baseado numa tecnologia específica”, explica ele.
Um dos cases de sucesso da Figtree é o desenvolvimento da BIA, inteligência artificial do Bradesco. “A BIA do Bradesco, por exemplo, nasceu em inovação e canais digitais. A gente criava briefing para a agência. Era o outro lado da cadeira. A gente trabalhava criando o produto, fazendo o desenho do serviço, estrategicamente, de dentro para fora. Essa foi a opção que acabamos fazendo porque viabilizou criar um tipo de serviço que eu sempre sonhei no mercado. E quero continuar como uma boutique”, ressalta.
De acordo com ele, por causa do envolvimento em projetos estratégicos das marcas, muitas vezes confidenciais, a empresa não aparece muito. “Quando eu resolvi abrir a Figtree, o que não faltaram foram convites para me associar a outras empresas, mas eu preferi ser uma boutique pequena, com menos pessoas possíveis, para que a gente tivesse o domínio da estratégia e do fazer de todos os clientes. São poucos os clientes com que a gente trabalha, muito focado na estratégia e em como a criatividade gera inovação. Porque acaba que a inovação nasce da criatividade, como criar uma coisa que não existe se você não imagina? Agora inovação é o jeito de fazer, a forma de desenvolver”, diz.
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