Relatório apontou que o setor entrará na era da "autenticidade" e abrirá portas para outros públicos, como masculino e infantil
O mercado de beleza deve ultrapassar os R$ 130 bilhões até 2026, segundo a Statista, se tornando uma das indústrias que não só movimenta o ponteiro do varejo mas também as redes sociais.
De acordo com o novo report da BrandLovrs, 'Beauty Creator Trends 2024', 62% das mulheres seguem influenciadores de beleza nas redes sociais e 85% dos consumidores afirmaram que estão dispostos a pagar mais caro por um produto de beleza se tiverem a comprovação da eficiência.
Além disso, o relatório também apontou que 86% dos 200 maiores vídeos de beleza dentro do YouTube são obras de criadores, não de marcas, e grande parte desse conteúdo vem de consumidores que não fazem parte do círculo da moda.
Segundo a BrandLovrs, o mercado de beleza entrará na era da "autenticidade", o que fará com que as marcas tenham o desafio de "transcender as fronteiras da resposta automática com o creator marketing".
A pesquisa apontou que, se antes o mercado era dominado por criadores com seguidores na casa dos milhões, agora será a vez dos micros e pequenos criadores. Essa tendência é explicada por um dado da Euromonitor, que afirmou que 62% dos consumidores preferem se envolver com o UGC (conteúdo gerado pelo usuário) em vez do conteúdo tradicional da marca.
Com essas informações, as marcas deverão se conectar com esses pequenos canais de mídia e optar por estratégias focadas no engajamento e potencial de conversão.
Outro dado que impulsiona esse momento é o avanço da geração alfa, que fará com que os creators mirins movimentem um valor em torno de R$ 2,7 bilhões nos próximos anos.
Além da autenticidade, o Beauty Creator Trends 2024 também destacou outras tendências como o interesse ascendente entre crianças e adolescentes, os cuidados pessoais entre homens, o mercado de clean beauty e bem-estar pessoal e a influência da inteligência artificial nesse universo.
No caso da beleza masculina, os produtos de cuidados pessoais para esse público, no Brasil, representam 13% das vendas globais, segundo a Euromonitor, e a Mintel aponta que dois terços dos homens americanos têm mais de um produto na necessaire, além daqueles regulares para higiene.
Com tantos ativos na esteira, o estudo da BrandLovrs mostra que o mercado de beleza e bem-estar pode se apoiar na inteligência artificial, ferramenta que assume um papel crucial para criadores e para a indústria.
A tecnologia permite uma abordagem mais sofisticada e adaptável, onde os criadores de conteúdo podem utilizar ferramentas baseadas em IA para criar conteúdo personalizado e engajador. Já para as marcas, ela permite o desenvolvimento de aplicativos e serviços virtuais, como provadores virtuais e análises de pele, que ajudam os consumidores a tomar decisões mais informadas sobre os produtos.
Isso não apenas melhora a experiência de compra online, mas também fornece aos criadores de conteúdo um conjunto de ferramentas inovadoras para interagir com seus seguidores de maneiras nunca antes possíveis.