Associações ligadas ao mercado publicitário, como a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) e Aner (Associação Nacional de Editores de Revistas), emitiram notas repudiando os ataques de vandalismo contra o prédio da Editora Abril, que publica a revista Veja, na última sexta-feira (24), em São Paulo. Um grupo de 200 pessoas, segundo a Polícia Militar, despejou lixo em frente ao prédio e pichou muros. As pichações, que traziam frases como “Veja mente”, foram assinadas pela União Juventude Socialista (UJS). Na edição desta semana, Veja revela depoimento prestado pelo doleiro Alberto Youssef, em que ele implica a presidente e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, no esquema de corrupção na Petrobras.

Em nota, a Abert afirmou que “repudia veementemente os ataques”. “A Abert acompanha com preocupação episódios como o de ontem à noite, pois a entidade considera grave qualquer ato de intimidação à liberdade de imprensa. A Abert lembra que a Declaração de Chapultepec, da qual o Brasil é signatário, aponta uma imprensa livre ‘como uma condição fundamental para que as sociedades resolvam os seus conflitos, promovam o bem-estar e protejam sua liberdade’”.

Já a Aner afirmou que “as manifestações que ocorreram em frente à Editora Abril são atos de vandalismo que ferem a democracia, a liberdade de expressão e de imprensa. É a palavra que sofre com estes atentados. Em um momento que o Brasil inteiro está exercendo o pleno direito de escolher seu principal representante, não se concebe que pessoas de má fé, baseados em princípios autoritários, cometam estes atos de verdadeira barbárie”.