A Benetton está na mira de ativistas que planejam desmoralizar a marca de roupas durante a Semana de Moda de Milão, o evento mais importante do mundo da moda na Itália. A ideia é criar um escândalo publicitário em razão de indenizações que a empresa vem se negando a pagar por causa de trabalhadores mortos pelo incêndio em uma fábrica de costura em Daca, capital Bangladesh, no qual 1.134 pessoas morreram em 2013.
Segundo o movimento online Avaaz, que abre petições para coletar assinaturas na internet e mobiliza pessoas em apoio a causas de direitos humanos, a Benetton está entre as responsáveis pelo caso. A marca é citada na lista criada pela ONU que pede indenizações aos sobreviventes e às famílias das vítimas.
“A gigante bilionária Benetton recusa-se a indenizar as vítimas que costuraram para eles. Até agora, a empresa tem ignorado os sobreviventes e pode se livrar da responsabilidade a menos que sua reputação sofra um impacto. A Semana de Moda de Milão, evento mais importante do mundo da moda na Itália, é nossa chance de criar um escândalo publicitário que não poderá ser ignorado”, diz o texto da Avaaz que pede adesão à causa.
De acordo com o movimento, a fabricante italiana de roupas é a única marca internacional com vínculos com o acidente que ainda não pagou as indenizações intermediadas pela ONU em uma iniciativa inédita chamada Acordo Rana Plaza. Além da Benetton, também foram condenados varejistas globais, fabricantes, sindicatos de trabalhadores e o governo de Bangladesh.
No texto da petição, o Avaaz solicita um milhão de assinaturas. Até o momento da publicação desta nota, 870.052 voluntários já haviam assinado.