O novo comercial da AT&T, criado em parceria entre BBDO New York e BBDO Atlanta, chama a atenção pela semelhança com um outro filme do segmento: “Cobertura”, elaborado no final do ano passado pela Neogama/BBH para a TIM.

A peça foi ao ar pela primeira vez, nos Estados Unidos, em 29 de abril, mostrando grandes tiras de tecido cobrindo prédios, monumentos e áreas do território americano, destacando que a empresa de telefonia oferece seus serviços em 97% daquele país (assista aqui). Tanto conceito quanto execução são muito semelhantes com o filme da TIM veiculado em outubro de 2009, com os mesmos propósitos (relembre aqui).

“O filme da BBDO para a AT&T usa a mesma ideia que a Neogama criou para a TIM no ano passado: um tecido que representava a amplitude de sua cobertura. O fato de serem duas empresas do mesmo segmento (telefonia), com a AT&T falando do mesmo benefício (cobertura), deixa a situação ainda mais complicada, já que os players da categoria se observam e vigiam regularmente, ainda mais em tempos de globalização”, analisa Alexandre Gama, presidente e diretor geral de criação e planejamento da Neogama/BBH. Segundo o executivo, o comercial teve um dos melhores resultados da história da categoria em pesquisas, marcando o reposicionamento de seu cliente e mudando a linguagem da categoria.

A marca TIM, controlada pela Telecom Italia, está presente apenas no Brasil e em seu país de origem, enquanto a AT&T é uma das gigantes da telefonia nos Estados Unidos. Por não dividirem mercado diretamente, Gama acredita que o plágio não gerará maiores problemas ao negócio de seu cliente, porém, repudia o fato e analisa, junto à TIM, se há a necessidade de tomar providências. “Estamos estudando o que fazer, mas como não existe AT&T no Brasil e o filme não será veiculado aqui, o dano causado pelo plágio à TIM e à Neogama não existe na prática. Criativamente, no entanto, a agência lamenta e condena o fato”, finaliza.

Consultada sobre a questão, a BBDO New York não emitiu uma posição oficial sobre o caso até o fechamento desta nota.

por Karan Novas