As agências de propaganda de São Paulo ganharam menos este ano com o desconto-padrão – comissão de 20% que as agências ganham dos veículos de comunicação sobre a veiculação de mídia – na comparação com 2014, mostra a segunda edição da pesquisa “Perfil das agências de propaganda do Estado de São Paulo”, realizada pelo Sinapro-SP (Sindicato das Agências de Propaganda do Estado de São Paulo). No ano passado, as receitas com as taxas sobre veiculações representaram 31% das receitas totais, enquanto em 2015 esse montante diminui para 26%. No grupo das Grandes Agências da Capital, com receita superior a R$ 50 milhões, a taxa de agência ainda prevalece, representando 50% do total de receita bruta.

Por outro lado, cresceram as receitas das agências com os contratos por fee, que passaram de 20% no ano passado para 28% este ano.  Também aumentou o percentual de receitas com serviços digitais e produção de conteúdo, que passou de 9%, no ano passado, para 11% este ano.

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 O estudo foi segmentado em seis grupos de agências por porte e região geográfica: capital, com 2 grupos: receita até R$ 50 milhões e superior a R$ 50 milhões; região de Campinas; de Ribeirão Preto; do Grande ABC e demais mercados.

As 366 agências respondentes – número 8% superior ao ano anterior – tiveram uma receita bruta de R$ 3 bilhões em 2014, e contavam, no período, com 9 mil pessoas ocupadas, incluindo os sócios. Uma projeção para as 1.000 maiores agências do Estado, realizada pela área de inteligência do Sinapro-SP, a partir dos dados da pesquisa, apontou uma estimativa de R$ 6 bilhões de receita bruta e 20 mil pessoas ocupadas, com sócios.

As agências do Grande ABC e de Campinas são as mais otimistas: 50% do primeiro grupo esperam crescer em 2015 e, no segundo, esse índice chega a 37%. O estudo também revelou que os principais fatores de crescimento em 2014 foram a conquista de novos clientes. Já a crise político-econômica foi o principal fator de retração dos negócios.

As 366 agências possuem 8.160 funcionários, sendo que as grandes empregam, em média, 272 pessoas, e as demais, 13 pessoas, em média. O estudo apontou que o salário médio mensal é de R$ 5.623,00, com uma massa salarial total de R$ 44,3 milhões por mês no conjunto das agências pesquisadas.

O estudo apontou ainda que os gastos com a folha de pagamento representam, em média, 39% do total de custos das agências. Nas agências da capital com faturamento até R$ 50 milhões e nas da região de Ribeirão Preto esse índice sobe para 62% e 46%, respectivamente.

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