A Austrália é o principal destaque da premiação do Festival of Media Global, que terminou ontem à noite em Roma. O país conquistou dois Grands Prix: o de Campanha do Ano, com o case “XTL”, da agência UM, criado para o governo australiano; e o de Agência do Ano, concedido à UM. Além dos GPs, a Australia ganhou outros nove prêmios, dois de ouro, quatro de prata e três de bronze. O Reino Unido ficou com o maior número de prêmios da competição, um total de 15 entre os 52 concedidos pelo júri. A MediaCom ficou com o GP de Rede de Agências de Mídia do Ano. Um total de 19 países foram premiados. O Brasil, que tinha um case finalista, não conquistou prêmios. O case “Retratos da real beleza”, criado pela Ogilvy Brasil para Unilever, foi inscrito no festival pela Inglaterra e conquistou um prêmio de prata e um de bronze.
O case australiano que conquistou o Grand Prix em Roma foi desenvolvido para combater a violência sexual contra as mulheres, mais especificamente, adolescentes. O trabalho utiliza a sigla “XTL” que, em inglês, refere-se à expressão “Cross the line”, geralmente usada para contextos excessivos tanto para ações ou comentários ofensivos, abusivos ou fora de algum padrão de bom senso. A campanha “XTL” ganhou força nas redes sociais e na mídia australiana, recebeu amplo apoio da população e, fundamentalmente, grande participação do target. Ela foi desenvolvida para uma secretaria do governo australiano que atua com a sigla FaHCSIA (Family, Housing, Community Services and Indigenous Affairs) com o objetivo de traçar políticas de ações sociais. O trabalho ganhou ouro, que virou Grand Prix, na categoria de Melhor Estratégia de Mídia Social; prata em Serviço de Utilidade Pública, e bronze na categoria de Melhor Campanha Direcionada.
O júri, presidido pelo indiano Sameer Singh, VP de mídia global da Glaxo Smithkline, se reuniu em Roma nos últimos dias 5 e 6 para avaliar 192 cases finalistas. O shortlist da premiação foi definido a partir de uma votação online com 68 participantes, entre diretores de marketing e profissionais de mídia, planejamento e criação. Do Brasil, votaram o publicitário Paulo Gregoracci, vice-chairman e COO da WMcCann, e o executivo Ricardo Gonçalves, superintendente de marketing da Qualicorp. Para a definição dos prêmios foram reunidos 25 profissionais no júri presencial. O Brasil foi representado pela publicitária Renata Serafim, VP de planejamento da Talent. O único case finalista do Brasil foi “The Walkers”, na categoria Melhor Criação de Conteúdo, um trabalho da Riot e Neogama/BBH para o uísque Johnnie Walker.
O case brasileiro “Retratos da Real Beleza” foi inscrito pelo Reino Unido com a assinatura de cinco empresas: Ogilvy, Edelman, The Audience, Mavens e YouTube. Grande sucesso em todas as competições, tendo sido inclusive Grand Prix do Titanium Lions em Cannes, no ano passado, o trabalho para a marca Dove conquistou ontem, em Roma, um prêmio de prata na categoria Melhor Campanha Digitalmente Integrada; e bronze em Melhor Estratégia de Mídia Social.
