Stalimir Vieira
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Bem-vindos, os marqueteiros
Desde que o Bozo, com suas conversas para boi dormir no cercadinho, suas lives de boteco da zona, suas leituras dificultosas de textos xoxos no teleprompter e seus discursos improvisados de lunático, começou a dar o tom da campanha da reeleição, ficou no ar a impressão de que o marketing
Crise/crie: uma “epifania”
Não foram poucas as vezes em que coloquei a cara para defender a publicidade. Em audiências públicas, no Senado e na Câmara, ouvi, em nome de todos nós, acusações da esquerda e da direita, de que não passamos de um bando de mercenários. Mesmo assim, me mantive firme até o
Estupra, mas não mata
Quando fiquei sabendo que a Monja Cohen, celebridade budista, que cobra até R$ 15 mil por uma palestra, tinha sido contratada pela Ambev para ser “embaixadora da moderação”, seja lá o que isso signifique, fiquei matutando sobre qual parte da anedota eu não tinha entendido. Conversei com alguns colegas e
Propaganda envergonhada
Durante dois dias, vasculhei o Google, incansavelmente, tentando descobrir quais as agências que atendem ao governo federal. Chego quase à conclusão de que se trata de uma atividade clandestina, tamanha a dificuldade de chegar a algum indício. Lembro que, em anos passados, ganhar um quinhão de verba federal era redentor
Menos criação, mais metrologia
A substituição da espirituosidade criativa pela engenhosidade objetiva avança. Vivemos uma verdadeira ocupação cultural na comunicação publicitária, um “stalinismo” tecnológico, em que o “passado” vai sendo expurgado dos postos-chave nas agências, e enviado para uma espécie de Sibéria do ostracismo. Não se trata apenas da, digamos, jovialização nas lideranças, mas
Adeus, meninas!
Certa vez, li numa das chamadas revistas masculinas (não sei se Status, Homem ou Playboy), entrevista com uma chacrete. Entre as coisas previsíveis que ela dizia, me surpreendeu a informação sobre o sacrifício que era dançar a tarde inteira no programa e, depois, passar uma hora em pé no ônibus,
Tragédia, marketing e afoiteza
A “ação promocional” da Farm, a favor, em tese, dos familiares de sua ex-funcionária, assassinada numa habitual troca de tiros entre traficantes e policiais nas favelas cariocas, terá sido uma das mais elaboradas cagadas de marketing a que tive notícia em 45 anos de experiência. Para quem não se inteirou