Stalimir Vieira
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Imunizando a mente
Terminei de ler O homem despertado, do filósofo Roberto Mangabeira Unger. Diferentemente do filosofeiro Olavo de Carvalho, Unger é um sujeito sério. O livro é difícil, para leitores de cultura mediana, como eu. Enquanto o negacionista, guru da família Bolsonaro, prega o conservadorismo e o retrocesso, Unger é “um visionário
Sugestões de vacinas para 2021
Enquanto não somos vacinados contra a Covid-19, poderíamos adiantar outras vacinas que seriam muito bem-vindas em 2021. Vacinas contra o preconceito, a soberba, a presunção, a prepotência, o mau humor, a arrogância, o mau gosto, a grosseria, a indiferença, o egoísmo, a insensibilidade, o sadismo, o mau-caratismo, a desonestidade, o
Pelo direito de não atualizar
Houve um tempo em que conhecíamos todos os taxistas do ponto da esquina pelo nome. Bem como o açougueiro, o sapateiro e o guarda-noturno. Eles, e outros, compunham a identidade do lugar em que vivíamos. Travávamos com cada um diálogos em que circulavam informações do interesse da comunidade. Essas conversas
O dia em que virei uma causa
Em frente da casa onde moro tem uma escola estadual. No dia da eleição, a rua fica tomada de carros. Neste ano não foi diferente. E um carro passou o dia bloqueando a minha garagem. Achei que era um eleitor e não ia demorar. Mas não era. Meu filho precisou
Um exemplo a ser seguido
Acabei de ler uma matéria no UOL, contando a aventura de um casal de criativos de Manaus que resolveu trabalhar em “road-office”. Ou seja, mulher e marido pediram demissão das agências em que trabalhavam e passaram a viver de frilas, enquanto viajavam. Estão há cinco anos nessa vida e só
Uma evolução ética da propaganda
Você percebe que está há muito tempo na profissão quando viveu épocas em que: 1) Nem passava pela sua cabeça colocar um negro num anúncio; 2) Passava pela sua cabeça colocar um negro num anúncio, mas a agência não tinha coragem de apresentar ao cliente; 3) Você colocava um negro
Adriana mentirosa e dona Nair
Ando fugindo de lives como o diabo da cruz, sobretudo daquelas de publicitários em entrevistas de cunho autoapologético. É curioso o efeito dessa epidemia, mundialmente paralisante, sobre o ego de algumas pessoas. Parece que potencializa a angústia com a possibilidade de desaparecerem. Não no sentido de morrerem, mas de deixarem