Stalimir Vieira
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Uma evolução ética da propaganda
Você percebe que está há muito tempo na profissão quando viveu épocas em que: 1) Nem passava pela sua cabeça colocar um negro num anúncio; 2) Passava pela sua cabeça colocar um negro num anúncio, mas a agência não tinha coragem de apresentar ao cliente; 3) Você colocava um negro
Adriana mentirosa e dona Nair
Ando fugindo de lives como o diabo da cruz, sobretudo daquelas de publicitários em entrevistas de cunho autoapologético. É curioso o efeito dessa epidemia, mundialmente paralisante, sobre o ego de algumas pessoas. Parece que potencializa a angústia com a possibilidade de desaparecerem. Não no sentido de morrerem, mas de deixarem
O governo do cada um por si
O vexame proporcionado pelo presidente da Embratur, ao gravar um vídeo tosco na forma e simplório no conteúdo, “vendendo” o Brasil para turistas, é o retrato do que acontece onde e quando o marketing não tem nenhuma relevância. Sem um comando estratégico competente, toda a comunicação fica exposta a riscos
Pragmatismo selvagem
Quando marcas tradicionais, muitas vezes líderes em seus segmentos, resolvem reduzir, disfarçadamente, o conteúdo de suas embalagens para manter margens, elas deitam um manto de indignidade sobre todo um esforço de marketing. Anulam conceitos, desmentem comerciais e jogam o negócio da comunicação publicitária no rol dos artífices. Mas se é,
O aplicativo da Globo
Crédito: Gilles Lambert/Unsplash Em 1985, quando comecei a trabalhar na DPZ-Rio, me chamou a atenção, ao folhear as edições de O Globo, uma espécie de história em quadrinhos que o jornal publicava, ensinando a criar e veicular anúncios. Infelizmente, não consegui encontrar referências nas pesquisas que andei fazendo, mesmo
A vingança do Olavo
Crédito: Unsplash Há quase dois anos, o Brasil abandonou o respeito à forma na comunicação oficial. E vive entregue a uma absurda improvisação. As idas diárias do presidente ao cercadinho que abriga exemplares exóticos da população, seus apoiadores, para intercambiar com eles simploriedades desprovidas de senso de realidade são um
A mídia na era do oito
Foi trabalhando na Paraíba, lá no comecinho dos anos 2000, que escutei a expressão pela primeira vez. Saiu da boca do governador do estado que, incomodado com as idas e vindas do interlocutor, interrompeu a conversa com seu forte sotaque nordestino: “ocê tá fazendo o ôitio”. Mais tarde, escutaria a