Em um mercado em transformação, com discussões quentes sobre criatividade, tecnologia e inovação, empresas estão nascendo e buscando espaço em áreas onde as grandes e tradicionais agências ainda não conseguem atender as demandas de clientes interessados no futuro. Sem dogmas sobre quem é criativo e sem medo de errar, a Azza começa a se mostrar no país como uma agência determinada a ocupar essa posição.
Fundada há três anos pela empreendedora portuguesa Mónica Blatyta, que trabalhou durante 15 anos no setor financeiro em companhias como City Bank e Deutch Bank antes de criar a própria empresa, a agência recebeu recentemente o reforço do sócio e vice-presidente Danilo Moraes, ex-diretor de criação da McCann e ex-VP da Momentum Brasil, onde liderou trabalhos de total brand experience por quase uma década. Além da presidente e do publicitário, também figura como sócio da Azza a empresa portuguesa PDM, do empresário especialista em tecnologia e inovação Luis Miguel Campos, membro do corpo docente da Universidade da Califórnia e da agência espacial norte-americana, a Nasa.
A participação da PDM é fundamental na proposta da Azza de se posicionar no mercado de comunicação brasileiro como uma agência full service com domínio de tecnologia para oferecer aos clientes mais do que uma campanha de mídia. Segundo Moraes, a agência desenvolve tanto campanhas tradicionais em TV e veículos impressos como ações digitais, porém o diferencial é a capacidade de criar pensando no conceito de inovação desde o princípio. “As ideias já nascem espontaneamente com tecnologia. Somos uma agência tecnologicamente nativa”, afirma.
O vice-presidente da Azza ressalta que a presença da PDM de Portugal oferece independência no processo criativo da agência. “Temos o conhecimento de tecnologia dentro da empresa. Não ficamos dependentes de fornecedores no papel de consultores técnicos. Quando precisamos de fornecedores, eles executam a função apenas de realizadores. Isso ajuda na hora de apresentar orçamentos de propostas inovadoras para o cliente”, comenta Moraes. “Hoje em dia, uma agência precisa ter um olhar total e saber trabalhar tanto online como offline, mas se faltar conhecimento tecnológico, complica”, acrescenta.
Mónica, presidente e responsável principalmente por conduzir os profissionais de atendimento, explica que a equipe é orientada a debater com os clientes ideias que contemplam projetos de inovação. “Cada vez mais existe essa demanda. As empresas estão atentas para isso”, diz a fundadora da Azza, que hoje conta com 30 funcionários entre publicitários, jornalistas de conteúdo e inclusive programadores. “Todos criativos”, afirma ela. “Incentivamos todos a participar das reuniões de criação”, completa. Fora a equipe do escritório de São Paulo, mais de 200 programadores da PDM em Portugal também são considerados, de certa maneira, parte do time.
Entre os clientes atuais da Azza estão Rodobens, Hospital Oswaldo Cruz e Vodafone, que chegou no Brasil há seis meses e, segundo os sócios, deve aumentar os investimentos no país para captar a atenção dos consumidores. Além disso, a agência possui uma divisão de marketing esportivo e desenvolve trabalhos de gestão de carreira e negócios com os pilotos Rubens Barrichelo, Tony Kanaan e Bia Figueiredo. O ex-jogador da seleção brasileira de vôlei Giovane Gávio e a atual jogadora do esporte Thaísa Daher também estão no portfólio. “Nosso objetivo não é apenas fazer campanhas, mas sim ser um parceiro estratégico para os clientes”, explica Moraes.