O Banco do Brasil suspendeu os pagamentos do contrato de patrocínio à CBV (Confederação Brasileira de Vôlei). O contrato tem vigência até 2017 e prevê o investimento de R$ 70 milhões por ano ao esporte. O BB patrocina a CBV desde 1991.
De acordo com o comunicado divulgado pela instituição financeira, a retomada do pagamento e a continuidade do patrocínio ficam condicionadas “à adoção imediata pela CBV de todas as medidas corretivas apontadas pela CGU (Controladoria Geral da União), além de outras identificadas pelo Banco como necessárias”. A nota ainda diz que “as medidas apontadas pela CGU foi previamente identificada pelo BB e constam de aditivo contratual que foi negociado com a CBV, porém sem resposta final por parte da Confederação”.
A CBV informou em nota que recebeu da CGU um relatório de auditoria, no dia 4 de dezembro. Segundo o comunicado, “mesmo antes do relatório final, a nova gestão tomou providências visando implantar uma governança responsável e, acima de tudo, ética. Entre as medidas sugeridas pela CGU no relatório final já havia contratado auditoria para analisar os exercícios anteriores, cancelando contratos que possuíam vícios éticos, abrindo as contas e disponibilizando documentos para as entidades de fiscalização, sem restrição nenhuma”.
A nota também fala que, desde abril, a CBV vem publicando balancetes mensais em seu site, adotou um modelo de governança desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas, reestruturou o quadro administrativo, criou medidas de aprimoramento na seleção de fornecedores e implantou uma auditoria interna permanente.
O comunicado também informa que “de posse do relatório final da auditoria da CGU, a CBV tomou as medidas que estão ao seu alcance legal, contratando o escritório jurídico Thompson Motta Advogados Associados para acionar judicialmente buscando o ressarcimento dos valores gastos com contratos ou serviços suspeitos”.
As denúncias de irregularidades na CBV foram feitas por uma série de reportagens do canal ESPN, em maio. Entre os problemas encontrados estão comissões pagas sem provas de prestação de serviço, favorecimentos e licitações viciadas.