Schimenes: a gente entende que esse é um mercado blue ocean

 

Os banners animados, expansivos e interativos parecem ser a salvação do formato publicitário, que já teve sua morte decretada várias vezes na internet. Stefan Schimenes, um dos sócios-fundadores da empresa digital Cazamba, garante que peças interativas geram alta conversão por parte dos usuários. Ele cita como exemplo uma campanha desenvolvida em parceria com a Salles Chemistri para o Discovery, em que um helicóptero se mexia. Segundo a empresa, 65% dos internautas que passaram o mouse na propaganda assistiram ao vídeo até o final, demonstrando um alto grau não só em termos de volume, mas de audiência relevante para a marca.

“Quando a gente criou a Cazamba vimos que no mercado existia uma necessidade de permitir que as marcas se comunicassem de uma forma inovadora com seus usuários. A internet estava muito restrita a esses formatos do IAB comuns, pequenos, que não conseguem gerar um alto impacto. A gente buscou desenvolver tecnologias que liberem a criatividade das agências de publicidade. Trabalhamos sempre com HTML5, porque acreditamos que é uma tecnologia do futuro. Em 98% dos casos a gente anima as peças criadas pelas agências”, conta Schimenes.

Outro case recente criado pela Cazamba foi para uma ação do sanduíche Crispy Tasty, novidade do McDonald’s. Com duração de um mês, a campanha contou com banners expansivos que traziam a chamada “Passe o mouse e explore uma lista de features digna de device”. A campanha registrou mais de um milhão de views. “Recebemos a missão de apresentar um novo sanduíche sem trabalhar com comercial em TV aberta e, por isso, era essencial apostar em um formato diferenciado na web para ganharmos visibilidade e a Cazamba nos trouxe uma proposta que conseguiu superar as nossas expectativas”, destaca Amanda Meziara, da Taterka.

“A gente entende que esse é um mercado blue ocean. É um oceano azul. É uma possibilidade e a gente vê que não tem ninguém trabalhando com esses formatos inovadores como a Cazamba”, ressalta Schimenes.

A Cazamba é posicionada como uma empresa de customização de publicidade online, que veicula mídia em uma rede própria de mais de mil sites e blogs. Mas o executivo reforça que a rede não é o diferencial.  “Isso todo mundo tem, o nosso grande diferencial é possibilitar à agência e ao cliente uma forma inovadora de se comunicar com os seus usuários, gerando grande impacto. Não temos objetivo de ter milhões de sites na nossa rede. Preferimos ter menos, mas dar uma qualidade de serviço, atendimento, ser uma rede relevante. A gente trabalha muito também com o conceito tailor made. Por isso, é bem customizado, desde o formato até a divulgação. Também vamos atingir mais usuários únicos, porque na nossa rede temos mais usuários únicos do que nossos concorrentes”, diz Schimenes.

Viewability

Outro foco da agência é buscar dar 100% de viewability para as peças. Estudo do comScore mostra que a média da taxa de viewability dos displays é de 46% – ou seja, 54% da propaganda na internet não é vista. “No meu caso, o usuário abriu o site e vai ver o banner de primeira. E para evitar que o banner seja intrusivo, a gente usa a tecnologia de behavioral target, ou seja, a gente busca fazer com que o banner faça sentido para o usuário. A gente consegue garantir impacto com significância para o usuário”, afirma o executivo.

Schimenes fundou a Cazamba há pouco mais de um ano, ao lado dos sócios Victor Canô e Renan Abi Chedid, e garante que o  objetivo de faturamento inicial para 2014 era de R$ 1,5 milhão e que “felizmente estamos revendo essa meta para cima. Estamos também ampliando nossa equipe. Como nosso foco é inovação, nosso objetivo é desenvolver novos produtos também”. A Cazamba trabalha em parcerias com grandes agências de publicidade, como a Isobar, SapienNitro, Wunderman, Leo Burnett Tailor Made, além da Salles e da Taterka.