Uma campanha da marca de vestuário sueca H&M, desenvolvida internamente pelo departamento de marketing do anunciante e trazendo o ídolo inglês David Beckham como protagonista, gerou polêmica e reclamações no Reino Unido – vindas de parte mais conservadora do público impactado. O alvo principal foi um filme de 10 segundos de duração que destaca um pôster com o atleta trajando apenas uma cueca da marca, além da versão impressa do material. Divulgação semelhante já havia sido feita nos Estados Unidos em fevereiro, durante uma das oportunidades mais nobres da TV mundial: o SuperBowl (veja aqui o comercial).
A ASA (Advertising Standards Authority), entidade inglesa que realiza naquele mercado trabalho semelhante ao do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) no Brasil, recebeu críticas sobre a campanha de pessoas que a consideravam ofensiva e irresponsável – por poder ser acessado livremente pelo público infantil e ser inadequado para o mesmo.
Questionada pela ASA, a H&M esclareceu que “a campanha é focada em qualidade, conforto e design” e que “a peça procura mostrar a função e o ajuste da vestimenta no corpo”. A empresa também ressaltou que em momento algum teve a intenção de ser ofensiva e que iniciou um planejamento de otimização para alcançar exclusivamente o público-alvo da iniciativa – adultos de 18 a 39 anos.
Após análise dos argumentos e votação interna, a ASA liberou nesta quarta-feira (4) a continuidade da veiculação da campanha, por considerar que não há nudez explícita no material e que os espectadores do anúncio em geral não o consideram ofensivo. Também pesou a favor do anunciante a análise das poses e expressões faciais de Beckham, consideradas “no máximo levemente sexuais”. Com isso, a H&M mantém o atleta inglês em trajes mínimos na comunicação das roupas íntimas da marca.