Felipe Barahona responde como CEO da operação da beGiant

 

Combinar entretenimento e publicidade é a nova perspectiva de negócio da recém-lançada beGiant. A companhia quer amadurecer no país o conceito de advertainment, que tem ganhado espaço com marcas globais. O mais elaborado case da combinação entre propaganda e entretenimento foi a ação da Red Bull com o paraquedista Felix Baumgartner, que saltou da estratosfera em outubro do ano passado em projeto bancado pela marca. Conquistar atenção pela oferta de conteúdo é o objetivo da nova empresa.

A agência nasce da parceria de Felipe Barahona, que responde como CEO da operação, com os criativos Guga Lemes, que lidera a criação, e Luiz Tastaldi, que ocupa o cargo de CAO (chief advertainment officer). Os executivos acumulam experiência tanto do lado de clientes quanto em agências. Barahona foi diretor de marketing promocional e um dos principais executivos da Vivo no Brasil. Lemes tem passagem por XYZ Live e DPZ, e Tastaldi passou mais de dez anos na criação da Ogilvy Brasil e foi VP de criação da 141 Soho Square para a América Latina.

A companhia tem como regra básica não comprar mídia, modelo clássico das empresas de publicidade no país, porque diz querer criar formatos que não terminam em 30 segundos. “Se nossa receita viesse da mídia, facilmente nos transformaríamos numa agência tradicional”, explica Lemes.

A área de atuação da empresa é ampla. Seus trabalhos podem variar de ações de product placement a projetos de realidade aumentada. “A propaganda não tem mais força de convencimento e a eficiência que tinha antigamente. Estamos criando um novo formato”, diz Tastaldi.

Entre os clientes com os quais têm contrato fechado estão Coca-Cola, Alpargatas (marca Rainha), Volkswagen e Metrô de São Paulo. Para o metrô, a empresa trabalha em um projeto de realidade aumentada para apresentar as futuras estações que estão em fase de construção.

Tastaldi: Estamos criando um novo formatoParcerias

A agência espera ser fornecedora de serviços criativos para empresas tradicionais de publicidade e cobrar por taxa de produção. “O grande interesse das agências é o comercial de 30 segundos e o anúncio impresso. Podemos ajudar essas empresas”, aponta Barahona.

O investimento inicial para o negócio foi de R$ 5,3 milhões, com capital dos próprios sócios. A matriz da empresa está em São Paulo e seu plano de expansão prevê a abertura de filiais no Rio de Janeiro, Brasília e em cidades da América do Sul.

Para colocar o plano de negócios em prática, foi criada a holding beGiant, que comprou recentemente a TalkShop,  de Felipe Barahona. A empresa será o braço de relações públicas da agência. No médio prazo, a companhia espera fazer duas novas aquisições na área de tecnologia. “O formato que as empresas adotarão no futuro irá além do tradicional”, projeta Lemes.

 

A previsão de faturamento da empresa em 2013 é de R$ 14 milhões, grande parte garantida pela carteira de clientes atuais e pelas parcerias já estabelecidas com agências de publicidade, como Borghi/Lowe, Grey 141, DM Black Ninja e Agnelo Pacheco.