Bernnardo Bonnard, líder de marketing para o consumidor do Facebook no Brasil (Divulgação)

Prestes a atingir a maioridade, o Facebook amadureceu o seu relacionamento com as marcas e hoje sequer lembra aquela plataforma inicialmente avessa a anúncios causadores de muitas das polêmicas que foram parar no filme A Rede Social, de 2010. Do Brasil, vem um dos trabalhos mais sólidos feitos para a companhia de Mark Zuckerberg. Desde 2019, quem conduz a área de marketing para o consumidor do Facebook no país é Bernnardo Bonnard.

Formado em comunicação social pela ESPM em São Paulo, o executivo começou a sua carreira em agências como Publicis e David. Mas a sua cidade natal é o Rio de Janeiro, e foi lá que ele aprimorou a sua experiência atuando na Coca-Cola, onde liderou a campanha de Powerade na Copa do Mundo de 2014. Novamente em ares paulistanos, desta vez na Ambev, assumiu o trabalho de inovação de Skol e Skol Beats, e de comunicação de Pepsi e Guaraná Antartica. Estratégia de marca, desenvolvimento criativo voltado ao negócio e gestão de pessoas estão entre as principais competências de Bonnard, que ingressou no Facebook há dois anos para montar a divisão de consumer marketing e lançar o posicionamento da marca no Brasil.

Anunciada em setembro de 2019, Somos Mais Juntos foi a primeira campanha nacional da plataforma. Surgiu com o objetivo de valorizar o papel dos Grupos como instrumento para conectar e aproximar pessoas com interesses comuns. “Mostramos histórias reais e reforçamos a missão da empresa de ajudar a criar comunidades”, frisa Bonnard.
Peças no digital, mídia out of home e TV lançaram a iniciativa composta ainda por uma ativação no Rock in Rio à época. Da cidade do rock à Comic-Con, do funk carioca à guitarrada paraense ao som dos Beatles, de grupos de receitas àqueles de pais de filhos com síndrome de Down, os Grupos do Facebook se ligam aos brasileiros de uma forma genuína. “Contribuir para que essas histórias e oportunidades de criação de comunidade cheguem ao maior número de pessoas é uma realização incrível”, orgulha-se Bonnard.

O Brasil foi o segundo país a receber a campanha, depois dos Estados Unidos. “O desafio inicial foi pegar uma marca tão consolidada, forte e querida por todos, e posicioná-la do zero, do ponto de vista de marketing, atrelando todo o seu potencial ao impacto e à relevância singular que ela tem no mercado local”, conta Bonnard. A continuidade de processos e métricas em escala global é citada como a meta perseguida hoje para garantir que o Facebook siga como referência em alcance, criatividade, impacto e inovação.

Com dinâmica e velocidade próprias para a construção e a entrega de campanhas, a área de marketing atua de forma colaborativa com o time de produto para construir soluções que atendam às necessidades das pessoas e mudem a experiência do consumidor. “É muito importante ter uma visão estratégica clara, mas também uma velocidade de reação e adaptabilidade alta para viabilizar essa integração entre diversas áreas e tomar as decisões mais acertadas em conjunto”, explica Bonnard.

Os insights gerados continuamente pelas unidades de dados, performance e de mensuração evidenciam essa postura colaborativa, que impacta a própria maneira como a plataforma enxerga uma oportunidade e entrega um produto ou campanha ao consumidor. A integração com colegas de todo o mundo também é reconhecida por Bonnard. “Além de contarmos com equipes multidisciplinares, trabalhamos com times multiculturais, pessoas de todos os lugares do Brasil e do mundo com visões e realidades muito plurais, o que garante uma diversidade de pontos de vistas muito ampla e positiva”, frisa o executivo.

Como legado da pandemia da Covid-19, Bonnard destaca a flexibilidade nas relações de trabalho como uma tendência capaz de trazer equilíbrio entre a vida pessoal e profissional das pessoas, além de permitir que as empresas possam contar com uma força de trabalho diversa geograficamente, sem a limitação da presença física em centros urbanos. A expectativa do Facebook é ter 50% dos seus funcionários operando remotamente nos próximos cinco a dez anos.