Especializado em ilustrações 3D, o Bigstudios agora também trabalha com animações. Sob a liderança de Ricardo e Nicinha Passos, o estúdio já deu seus primeiros passos na nova área de atuação com o curta “O pescador e a mosca”. Com a animação, o estúdio abre novas portas no mercado, afirma o sócio-diretor Ricardo Passos. “Nosso objetivo inicial, quando criamos o estúdio, era trabalhar com animação. É algo que demanda muito trabalho, então estamos dando um passo atrás do outro. Mas agora conseguimos montar o estúdio de um jeito que podemos vender essa animação de forma profissional e competitiva aos players do mercado”, afirma.
Para os novos trabalhos, foram contratados dois profissionais para a equipe do Bigstudios, ambos com formação específica em filmes tridimensionais. Além disso, embora a estreia oficial do estúdio seja o curta, já foram produzidos ou estão em desenvolvimento trabalhos “pequenos e pontuais”, segundo Passos, demandados por agências como Publicis, Africa, Y&R e Giovanni+Draftfcb.
Conforme suas origens, o estúdio manterá o mercado publicitário como seu principal foco de trabalho. Passos não exclui, porém, a possibilidade de colocar sua equipe a serviço de outras demandas. “A partir do momento em que você monta uma estrutura de animação, tem condições de vender esse produto para o mercado de entretenimento. Podemos fazer pequenos projetos para a televisão fechada, por exemplo”, explica.
Passos afirma estar estudando o mercado de entretenimento, que vê como uma boa oportunidade de negócios, principalmente devido à criação de leis de incentivo que pedem que os canais fechados tenham produções brasileiras em sua programação. Segundo o sócio-diretor, isso fez com que a demanda por animações crescesse, gerando uma procura maior por profissionais capacitados nesse segmento.
A oferta, por outro lado, é pequena. Poucos estúdios, avalia Passos, oferecem produtos de animação 3D, e o Bigstudios passa a ser uma opção a mais para o mercado. “O 3D te dá a oportunidade de fazer duas coisas importantes e distintas – animação e efeitos especiais. Os efeitos especiais têm um pouco mais de oferta aqui no Brasil. A animação tem poucos players para o tamanho e para a demanda do país. É um caminho importante a ser percorrido”, finaliza.