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Com três integrantes da sua direção – inclusive o seu diretor-presidente – indiciados em um dos inquéritos desdobrados da Operação Zelotes, fato que virou notícia de primeira página dos jornais brasileiros na última terça-feira (31), ocupando também o noticiário do rádio e da TV durante todo o dia, o Bradesco assina um comunicado nos jornais dando sua versão ao ocorrido e nega qualquer culpa ou dolo na ação dos seus altos funcionários.

O comunicado afirma a surpresa da administração do Bradesco pelo indiciamento ocorrido, ressaltando que seus dois diretores foram ouvidos apenas como testemunhas no âmbito do inquérito aberto pela Polícia Federal em São Paulo, enquanto o seu presidente sequer foi ouvido.

Os fatos serão devidamente esclarecidos a seu tempo, mas devemos elogiar a boa iniciativa do Bradesco em vir a público com esse comunicado, onde reitera seus elevados padrões de conduta ética e reafirma a sua confiança no pleno funcionamento da Justiça.

Tendo em vista a gravidade das acusações, a única postura que a tradicional corporação financeira não poderia ter seria silenciar publicamente a respeito.  

Confira o texto do anúncio:

“O Bradesco comunica aos seus acionistas, clientes e à sociedade em geral que, em um dos inquéritos desdobrados da chamada “Operação Zelotes”, foram indiciados três integrantes da Direção do Banco, inclusive o seu Diretor-Presidente.

Segundo relatório da Polícia Federal, membros da Diretoria do Banco mantiveram contato com pessoas investigadas por crimes de corrupção ativa.

No âmbito do citado inquérito, dois Diretores do Bradesco prestaram depoimentos à Polícia Federal em São Paulo, quando esclareceram que foram procurados por escritório de assessoria tributária que se ofereceu para advogar uma questão fiscal junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais “CARF”. Desses contatos não se efetivou qualquer proposta, contratação ou pagamento, mesmo porque a pendência fiscal já se encontrava sob o patrocínio de renomados tributaristas.

Cabe informar que o processo junto ao CARF, objeto da investigação, foi julgado em desfavor do Bradesco por unanimidade – 6 x 0, e encontrase, agora, submetido ao Poder Judiciário.

O Bradesco informa que jamais prometeu, ofereceu ou deu vantagem indevida a quaisquer pessoas, inclusive a funcionários públicos, para encaminhamento de assuntos fiscais ou de qualquer outra natureza.

O indiciamento toma de surpresa a Administração do Bradesco, considerando que os dois Diretores foram ouvidos apenas como testemunhas e o Presidente da Companhia sequer foi ouvido e tampouco participou de qualquer reunião com representantes do escritório de assessoria tributária.

O Bradesco reitera seus elevados padrões de conduta ética e reafirma a sua confiança no pleno funcionamento da Justiça”.