Espetáculo está em cartaz em São Paulo

O mundo mergulhou na clausura provocada pela Covid-19, mas agora não economiza vontade de sair de casa para buscar entretenimento ao vivo.

Os desafios econômicos impactaram empresas como a Aventura, do empresário Luiz André Calainho e sua sócia Aniella Jordan desde o ano de 2008.

Agora, com collab com a The Walt Disney Company e produção da Aventurinha, braço de conteúdo infantil do grupo, lança o musical “Disney Princesa, o espetáculo”, em cartaz em São Paulo, que depois chega a Goiânia e posteriormente a outras cidades do país. O espetáculo é patrocinado pela Bradesco Seguros.

Patrocínios são essenciais para a viabilização desse tipo de iniciativa. Segundo Calainho, impacta em 60% da composição de receitas. “Bilheteria é superimportante, mas temos muitos ingressos vendidos por 50%. Então é necessário criar apelos para as marcas estarem presentes”, diz ele. No caso de “Disney Princesa”, nas palavras do empresário, uma ativação especial foi montada para gerar experiência.

“Foram montados camarins, por assim dizer, no foyer dos teatros, como em São Paulo, onde as crianças poderão se vestir com os figurinos que verão nos palcos. Uma ativação da Bradesco Seguros, com a proposta de oferecer a experiência de toda criança ser princesa sendo ela mesma, com inspiração nos atributos de todas as princesas Disney”, detalha Calainho, que foi vice-presidente da Sony Music por dez anos, lembrando ainda que o primeiro espetáculo do collab com a Disney foi no ano passado.

Nesses 15 anos da Aventura, 4,5 milhões de pessoas compareceram a espetáculos da Broadway como “A  noviça rebelde, “O mágico de Oz”, “Mama mia”, “Romeu e Julieta” (ao som de Marisa Monte) e “Merlin e Arthur”. Ao todo foram 3.800 apresentações de 40 espetáculos, como detalha Calainho.

“Não há povo mais musical e mais conectado com essa arte no mundo que o brasileiro. Eu já conhecia bem essa característica durante minha passagem pela Sony Music. Quando resolvi empreender, busquei manter ligação com a vertical da música. Observei a montagem de alguns musicais no país, mas avancei para além da simples reprodução. Agregamos criatividade e conceito original de trabalho. Além da paixão pela música, os brasileiros amam dramaturgia, das novelas aos filmes. Juntamos isso num pacote que deu na Aventura. A Aniella precisava de um sócio com conhecimento do mercado corporativo. Trouxemos os roteiristas e autores Charles Moeller e Claudio Botelho com ‘Noviça rebelde’ e ‘Beatles - céu de diamantes’. Quando vimos que num ranking da Veja Rio ‘Noviça rebelde’ estava no topo, comprovamos o acerto”, relembra Calainho.

As marcas, cada vez mais interessadas na conversa com vários tipos de público, encaram o interesse pelos musicais com atenção. E também ativam naming rights. Alguns teatros coordenados pela Aventura usam esse modelo. O antigo e icônico Teatro Adolpho Bloch, no Rio, agora é Teatro Prudential, com patrocínio da Vale. O teatro Tom Jobim, no Jardim Botânico carioca, agora é a Eco Vila Ri Happy, que conta com suporte das marcas Toddynho e Granado. E o Cine Palácio, no coração da Cinelândia, no Rio, passou a ser o Teatro Riachuelo, com mil assentos.

“Experiências e jornada positiva com o consumidor só no ambiente físico. Os naming rights em conexão com os patrocínios contribuem para trazermos espetáculos que permitem engajamento. Retrofitamos alguns espaços para esse fim, como a Eco Vila Ri Happy. Estamos atentos às oportunidades. Com patrocínio da Volks Financial Srrvices, estamos finalizando a remontagem de ‘Elis’, programado para outubro em SP. Na temporada do Rio o patrocinador é a Bradesco Seguros; ‘Jovem Frankstein’, esse com apoio da Eurofarma, Dasa, Riachuelo e B3, estreia em setembro. A nossa comunicação abraçou o digital também. Produzimos 50 vídeos com a Kwai com minicenas em linguagem de TV que geraram 1,4 milhão de views”, finaliza.