Como a marca está posicionada no campo das 'paixões dos brasileiros', seria a mais adequada para levar a mensagem da companhia daqui para a frente
A Ambev está mudando a marca que carrega o seu estandarte no Carnaval de rua. A partir de 2023, será a Brahma a cerveja presente nos cortejos de blocos pelo Brasil. A motivação para inserir a marca neste espaço está no conceito de 'territórios'.
Como está posicionada no campo das 'paixões dos brasileiros', o que inclui referências culturais como futebol, sertanejo e o próprio Carnaval, seria a mais adequada para levar a mensagem da companhia daqui para a frente.
Além disso, Brahma está com “um poder de marca absurdo”, nas palavras de um executivo da companhia. Recentemente, a cerveja voltou a ser mais vendida no país e ficou em segundo lugar como a marca mais valiosa, segundo o estudo BrandZ Brasil 2021/22, produzido pela Kantar.
O festejo também não é um espaço estranho à Brahma, responsável há anos por espaços como os camarotes Bar Brahma, no Anhembi, em São Paulo, e o Brahma nº 1, na Sapucaí, no Rio de Janeiro.
O processo de troca começou sem muitos alardes no Rio de Janeiro em 2020 quando a Brahma substituiu a Antarctica, que historicamente ocupou o posto cerveja do Carnaval de rua carioca. A pandemia, que levou a cancelamentos dos Carnavais de rua nos últimos dois anos, adiou a transição, agora prevista para 2023. Com isso, Antarctica e Skol sairão do circuito e devem ser posicionadas em outros territórios.
O posicionamento da Brahma no Carnaval deve ser potencializado com a 'plataforma de Carnaval', projeto que une a recém-lançada Together, unidade de negócios da Ambev para conectar marcas com eventos, e a Dream Factory, agência de entretenimento parceira.
A partir do acordo, pretendem desenvolver um circuito de Carnaval com seis praças - São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Belo Horizonte, Salvador e Olinda. Como referência, a companhia usa o modelo do "circuito sertanejo", apresentado por Brahma, que hoje conta com 6 cidades com festas de peão.
Para concretizar a estratégia, precisa ganhar as licitações que são organizadas pelas prefeituras dessas cidades.
No Rio de Janeiro, isso não será um problema, pele menos não no ano que vem. A companhia e a Dream Factory já detêm os direitos para o Carnaval de rua, logo que, após o cancelamento da edição deste ano, o contrato com a prefeitura carioca foi alterado para vigorar na festa popular em 2023.
Procurada, a Ambev optou por não se manifestar.
