Com sinais ainda tímidos de recuperação econômica no Brasil, a Páscoa será mais doce do que nos anos anteriores. É o que revela o levantamento da inglesa dunnhumby, especializada em inteligência de mercado. Segundo a pesquisa, os tradicionais ovos estarão presentes em 68% dos lares. Mas a penetração do chocolate é muito maior: 91% dos consumidores comprarão alguma versão do doce.
Principal canal de compras na data, celebrada no próximo domingo (1), o supermercado concentra 70% das intenções de compra, seguido pelas lojas especializadas em chocolate (42%) e de pessoas que fazem em casa (22%). As redes favorecem marcas multinacionais que não dispõem de lojas físicas próprias. O fator preço também acaba contribuindo na escolha do consumidor por fabricantes como Nestlé (62%), Lacta (52%) e Garoto (50%), que lideram o ranking.
Com estratégias fortes no digital, sobretudo, no mobile, com o fortalecimento de seu e-commerce e parcerias estratégicas, essas fabricantes acabam saindo na vantagem em relação a Cacau Show (38%), chocolate artesanal/caseiro (21%), Ferrero (15%), Brasil Cacau (15%), Arcor (13%), Kopenhagen (12%) e Outro (2%).
A Nestlé e Garoto, por exemplo, que pertencem ao mesmo grupo, mantêm parceria com a Uber Eats para a entrega de seus ovos na capital paulista. As marcas já obtiveram crescimento de 100% em suas vendas nessa modalidade em apenas três semanas.
Poder fazer a compra direto pelo aplicativo no celular, e de quebra, economizar tempo com filas e estacionamento são alguns dos atrativos. Outra vantagem é o desconto de 35%, oferta disponível até o dia 30/3, das 9h às 19h, exceto no Domingo de Páscoa, quando o serviço funcionará das 9h às 12h.
Que crise?
Mais otimistas em relação a condução do país, os brasileiros não estão pensando em economizar nas comemorações de Páscoa. O número dos que farão uma festa mais humilde diminuiu de 49% em 2017 para 42% este ano. O número de quem comparará menos ovos do que pretendia também caiu de 41% em 2017 para 36% em 2018.
E mesmo os que vão fechar a carteira este ano, o chocolate se mantém soberano. O volume de caixas de bombons, por exemplo, será maior em 2018 (50%) em relação ao ano passado (38%). Ainda assim, 66% dos brasileiros esperam gastar até R$ 50 com o doce.
Mas não são apenas os chocolates que estarão presentes em peso nas mesas dos brasileiros. Como a ceia em si é um fator importante para a maioria (68% dos consumidores terão uma ceia igual ou mais farta do que em 2017 (contra 58% em 2017), itens como refrigerante (63%), sobremesas prontas (58%) e azeite (57%) também aparecem na lista de compras.