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Drive-thru e aplicativo. Esses canais de vendas ganharam um impulso explosivo durante a pandemia da Covid-19, culminando com a decisão do Burger King de adequar a identidade visual da marca a um contexto no qual as vendas pela internet passam a ser cruciais para determinar a perenidade das empresas.
Nesta mudança, o Burger King voltou ao passado para definir a sua imagem atual. A nova identidade do dono do Whopper buscou inspiração no layout utilizado pela marca em 1969 para ser melhor percebida nas telas digitais, embalagens, uniformes e drive-thru.
Consciente da importância do meio digital, o trabalho já vinha sendo feito há dois anos por Jones Knowles Ritchie (JKR). Agora, já pode ser visto no aplicativo da marca e nas novas lojas, chegando logo após a empresa anunciar a remoção de ingredientes artificiais da preparação dos seus lanches em defesa de uma alimentação mais saudável.
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O brasileiro Fernando Machado, global chief marketing officer do Burger King, explica que o redesenho “empacota quase todas as iniciativas da marca, modernizando-a e, ao mesmo tempo, tonando-a mais clássica”.
O novo design é uma atualização do logo apresentado em 1969 e que foi modernizado pela primeira vez em 1994, mostrando o nome da marca escrito em vermelho. Em 1999, o Burger King passou a utilizar um layout mais arredondado com um contorno azul, assinado por Sterling Brands, e considerado apropriado para os anos de 1990 e 2000.
Com formas circulares e uma nova fonte, chamada Flame, a marca acredita que conseguirá explorar movimentos e animações com as palavras do seu cardápio. Mais simples e adequado aos canais digitais, porém sem perder a autenticidade, o novo visual ainda conta com uma nova linguagem fotográfica cujo objetivo é apresentar lanches e sobremesas de uma forma ainda mais apetitosa.
De acordo com Machado, o Burger King não terá uma campanha específica para anunciar a mudança, que será implementada de forma gradual em seus mais de 18 mil estabelecimentos em cem países.