Estreia nesta segunda-feira (14) o segundo filme da série histórica de 12 comerciais que celebra os 150 anos da Caixa Econômica Federal e retrata fatos que aconteceram no período. “O Garoto da Caixa”, criado pela novaS/B e que tem veiculação nacional, conta a história real de uma correntista que, em 1924, deu à luz em uma das agências do banco.
Para gravar as cenas do parto, o diretor Ricardo “Gordo” Carvalho se inspirou em uma das cenas de “Carne Trêmula”, longa de sucesso do premiado cineasta Pedro Almodóvar, que mostra o parto de uma mulher realizado dentro de um ônibus. “Através da janela do ônibus, Almodóvar direciona o nosso olhar para o joelho, o rosto da mulher e o parteiro, valorizando o momento da emoção. Era exatamente isso que queríamos imprimir, sem mostrar detalhes do parto na agência”, explica Carvalho, da Conspiração Filmes.
A história de “O Garoto da Caixa” é interessante. Na época, emocionados com o nascimento da criança dentro da agência, funcionários e clientes doaram uma quantia em dinheiro para abrir uma caderneta de poupança para o menino que tinha acabado de nascer. “O dado legal é de contar uma história que vai enriquecer as vidas das pessoas. As pessoas vão ficar mais informadas depois de assistirem aos filmes”, opina Antônio Batista, diretor de criação da NovaS/B.
O criativo também ressalta que essa é primeira campanha em que participa com a criação conjunta de outras agências e, para ele, o resultado tem sido coeso – Fischer+Fala e Borghierh/Lowe, as outras agências da Caixa, fazem a mesma campanha. NovaS/B, Fischer e Borghi ficaram, cada uma, com a criação de quatro filmes da série histórica. O primeiro foi “Decreto Imperial”, da Fischer. “Houve um entendimento muito legal entre as três agências”, diz Batista.
Segundo Batista, a ideia da campanha é do superintendente de marketing da Caixa, Clauir Santos. Junto com o historiador Eduardo Bueno, o executivo escolheu os temas e as agências trabalharam em conjunto para dar forma à campanha. Até dezembro, vai ao ar um filme por mês. Todos levam a assinatura: “Caixa 150 anos. Uma história escrita por todos os brasileiros” e são narrados pela atriz Gloria Pires.
Batista conta que em março o filme que será veiculado também é criação da novaS/B. “A Caixa e os Imortais” vai contar a relação do banco com os imortais. “Machado de Assis, por exemplo, fundador da Academia Brasileira de Letras, foi um dos clientes da Caixa”, lembra Batista. Em maio, estreia outro filme da novaS/B, “A Caixa e a liberdade”, que mostra que escravos depositavam dinheiro na poupança da Caixa para comprar a carta de alforria. E o último da novaS/B, que vai ao ar em novembro, vai apresentar a história do primeiro cliente da Caixa, um professor, intelectual da época.
por Kelly Dores