A expressão “Walk the Talk” se refere a materializar no mundo real aquilo que se expõe em discurso. Na era das redes sociais, nenhuma ação de marca passa despercebida. A Calvin Klein, conhecida por suas campanhas ousadas e, frequentemente, polêmicas, teve que reconhecer que vacilou ao veicular, na semana passada, um comercial em que a modelo Bella Hadid aparece beijando a influenciadora virtual Lil Miquela, personagem criada em computador.
A locução diz: “A vida é sobre abrir portas, criar novos sonhos, que você nunca soube que poderiam existir.” Parece um filme inofensivo, não fosse pelo fato da modelo ser assumidamente hetero. Pouco depois da estréia, do anúncio na semana passada, muitos reclamaram que o vídeo foi “queerbaiting” (algo como “isca” para pegar o público LGBT).
Em um Tweet, a marca pediu desculpas, alegando que a intenção da campanha era desafiar as regras convencionais e estereótipos na propaganda:
Apesar de não existir na vida real, Miquela tem milhões de seguidores e foi eleita em 2018, pela revista Time, uma das pessoas mais influentes da internet. Miquela foi criada em 2016 e faz parte de uma tendência no mundo dos influenciadores digitais: os influenciadores CGI (Computer Generated Imagery). Há vários no Instagram como ela, Bermuda, Blawko, entre outros.