A agência SPCine (Empresa de Cinema e Audiovisual de São Paulo) foi aprovada nesta terça-feira (3) por unanimidade pela Câmara de Vereadores de São Paulo em segunda votação. O projeto de lei, de autoria da Secretaria de Cultura municipal, foi proposto no início do ano com o objetivo de dar apoio à produção audiovisual paulista, nos moldes da Riocine no Rio de Janeiro.
No último dia 28, ele já havia sido aprovado na Câmara em primeira votação. Antes de chegar ao plenário, a proposta tinha passado pela Comissão de Cultura da Câmara e por uma audiência pública. Com a aprovação nesta terça, o projeto segue para ser sancionado pelo prefeito Fernando Haddad. De acordo com a Secretaria de Cultura, a agência deve ser estruturada ao longo de 2014.
Uma das principais frentes da SPCine será acelerar os pedidos de filmagem dentro da cidade de São Paulo. O próprio secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira, já reconheceu que o processo é burocrático demais, o que afasta os produtores. Números da Apro (Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais) mostram que nem 20% das locações de filmagens estrangeiras acontecem em São Paulo, enquanto o Rio de Janeiro concentra quase 80% do volume.
Com a SPCine, a expectativa é que entraves burocráticos como esses sejam melhor administrados. “A agência funcionará como uma film comission, o que significa centralizar os processos para filmagens na cidade. Isso facilitará a vida das produtoras”, afirma Sônia Regina Piassa, diretora-executiva da Apro. “Não queremos depender a vida inteira do governo, não precisamos do dinheiro deles, mas de competitividade e de agilidade nos processos”, complementa.
A empresa terá aporte inicial de R$ 25 milhões da prefeitura. A Secretaria de Estado da Cultura também investirá na empresa, com injeção de outros R$ 25 milhões.