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Controladora do Grupo Bandeirantes, a família Saad disputa em uma câmara de arbitragem quem deve comandar a companhia. O embate entre os irmãos João Carlos, conhecido como Johnny, Márcia e Maria Leonor Saad será decidido pela Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CAM-CCBC), com sede em São Paulo.

Segundo informações do Valor, Johnny, presidente do grupo, teria solicitado abertura do processo em dezembro e, agora, estariam sendo escolhidos os juízes do caso. Em setembro de 2018, Márcia e Maria Leonor entraram com uma ação na Justiça Cível alegando que a administração do irmão era “devastadora” para as empresas do grupo. Na época, as irmãs entraram com um pedido de liminar solicitando o afastamento de Johhny do comando da Band.

O juiz Eduardo Palma Pellegrinelli, no entanto, negou o pedido alegando que a solicitação aletra o acordo de acionistas.

Desde setembro, as irmãs entraram com pedidos de liminar para o afastamento de Johnny do comando, mas as solicitações foram negadas pelo juiz Eduardo Palma Pellegrinelli. Ele alega que isso altera o acordo de acionistas e que o mérito da questão deve ser julgado na arbitragem, como determina o acordo.

A defesa do empresário afirma que as irmãs “questionam fatos e atos subjetivos, que estão dentro do risco da atividade empresarial e da discricionariedade do administrador.”

Hoje, estaria marcada uma reunião do conselho para votar sobre o afastamento de Johnny do grupo, ainda que a deliberação não tenha efeito. Ainda em dezembro, uma assembleia de acionistas do grupo teria aprovado a saída de Johhny do cargo. As irmãs também aguardam o julgamento deste recurso.

João Saad está à frente da companhia desde a morte de João Jorge Saad, em 1999. Seu mandato vai até 2026. Procurada pelo PROPMARK, a Band afirmou que não comentará o assunto.